João Canada.
T enho seguido, como sempre segui, as suas publicações nas redes sociais. Umas sobre o Marítimo outras sobre a sua atividade profissional, mas, como maritimista digo-lhe que estou desiludido com a sua postura recente.
Sendo o João um colaborador direto do Marítimo, digamos que até a voz do Marítimo, estas recentes publicações ficam-lhe muito mal.
Eu sei e entendo que é uma forma pública de tentar se demarcar da descida de divisão e uma tentativa, quase agonizante, de dizer a todos que, apesar de ser um colaborador não teve nada a ver com o que aconteceu nem quer que o associem a um episódio negro do emblema Maritimista.
Mas, é preciso algum discernimento e menos cobardia, lembre-se que quando o Titanic afundou a banda ficou estoicamente a tocar e você neste momento deveria ser a banda e não o João “gritão” que agarra a balsa e foge sozinho aos gritos “Salve-se quem puder”.
Tudo o que você escreve no FB, quase de hora a hora, tem algum fundo de verdade como de loucura compulsiva, muitas coisas ali descritas são uma realidade, mas, não aconteceram nestas últimas semanas, aconteceram ao longo de quase 2 anos e meio e nesse período a sua voz nunca se levantou, nunca ninguém o ouviu denunciar o que agora vem a público gritar aos sete ventos isso torna-o tão ou mais culpado que todos os restantes envolvidos, porque segundo os velhos sábios é tão culpado quem conhece a desgraça e não a anuncia.
Todos os acontecimentos descritos por si são um acumular de conhecimento direto sobre tudo o que ali é descrito que curiosamente só agora, quando está instalado caos, vem o João e tenta gritar aos 7 ventos eu não tive nem tenho nada com aquilo, venha a democracia e mude-se o rumo das coisas e até nisso a sua postura é dotada de cobardia porque não demonstra a frontalidade de dizer “SAIAM E VAMOS A VOTOS”.
Sabe João, a isso chama-se cobardia e deixe-me que lhe diga que fiquei extremamente magoado com o que li, não porque já não soubesse muito do que ali está escrito, mas pela forma egoísta e até ofensiva utilizada no seu discurso para com uma estrutura que, aparentemente, sempre confiou em si e viu em si um colaborador exímio para transmitir aos adeptos todo o projeto, bom ou mau, que foi desenhado e organizado nestas últimas duas épocas.
Agora que o Marítimo precisa de todos os Maritimistas, com ideias, num projeto duradouro e sustentável que traga um novo futuro, você, a voz de todos os Maritimistas vem a público demonstrar uma total falta de pejo e de lealdade com quem confiou em si e vem acicatar ainda mais a onda, justificada e aceitável, de revolta com tudo o que aconteceu quando deveria ser o primeiro a apresentar ou pedir soluções, uma pessoa com os seus conhecimentos, com a sua experiência deveria e poderia ser uma solução agregando e apelando à união dos sócios na criação de projetos e grupos de pessoas que possam ajudar todos os Maritimistas a sair da depressão que se abateu, quando na verdade vem a público tentar meramente limpar o seu nome.
É público que no ato eleitoral você não escolheu esta direção nem o seu líder e nisso pode V/Exa. dormir descansado porque a responsabilidade não recai em si que teve clarividência de não acreditar no que aí vinha, mas, dai a querer se demarcar do que aconteceu e tentar sair airosamente pelos pingos da chuva e da forma desleal que o fez é mais uma dor para todos os Maritimistas que viam em si a figura da lealdade e respeito pelo Marítimo.
Espero que a próxima direção tenha esta sua postura em consideração porque, está visto que na hora da verdade você é o primeiro a abandonar o barco.
Inclusive, através dos seus conhecimentos internacionais conseguiu mobilizar o apoio de claques de clubes estrangeiros no jogo dos playoff, foi inclusive ao aeroporto receber de forma hostil e algo estrambólica a equipa adversária para os por no lugar, ao longo da época foi sempre a voz da esperança dentro do estádio e agora deita tudo abaixo quando vem agora dizer “eu não tenho nem quero nada com esta gente, não me cortem o escalpe” é cobardia e um alerta para quem está e quem vem que a sua personalidade é dotada de total falta de confiança.
Li também que a partir de agora vai vestir a pele de sócio e abandonar as funções de speaker, é uma questão pessoal que tenho de respeitar, mas é sem dúvida uma perda para o Marítimo que perde um bom speaker e vai ser difícil encontrar um que se equipare, também já se percebeu que o Marítimo tem adeptos de primeira e adeptos de segunda e que nesta época que se avizinha tormentosa só vamos ter metade dos remadores, independentemente do almirante desta nossa caravela, fica a minha grande desilusão com uma pessoa que sempre considerei como um fio de prumo entre as direções do Marítimo e os adeptos, e digo-lhe, neste momento se tivesse algum poder dentro do Marítimo, fazia como faziam os comandantes das naus, mandava-o po ca….o (Cesta fixada no topo das naus para vista dos marinheiros).
Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 20 de Junho de 2023
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