DN traz mais uma entrevista suicida do PS?


Oportunidade Perdida.
Os verdadeiros amigos de Sérgio Gonçalves
são aqueles que lhe dizem as verdades a
tempo de mudar.

H oje o nosso Diário de Notícias traz uma entrevista com Sérgio Gonçalves, líder do PS Madeira, correu como ele quis, com certeza com respostas escritas, tudo certinho, frases e temas feitos tão iguais ao modelo do PSD na Madeira, uma "entrevista de estúdio" sem desafios, nem do jornalista nem do entrevistado. Digamos que Sérgio Gonçalves teve uma visibilidade e o DN-M cumpriu o seu dever. Todos cumpriram e saem aliviados.

Esta entrevista poderia ter sido uma viragem mas como (?) se ocorre no matutino propriedade daquele que não tem monopólios e afeta todos os madeirenses no seu poder de compra, através dos custos dos fretes e de toda a hierarquia de empresas que vão somando? Como (?), se já foi o seu funcionário e nunca se sabe como acaba a vida política? Como se o jornalista não pode ter ousadias com o seu patrão?

A oposição conhece muito menos os madeirenses do que o PSD, fora os vendidos, comprados, achados e leiloados, porque isto não é uma questão de politicamente correto ou omissão de assuntos. Se querem ganhar. O eleitorado, quando vê o formato redondo, quadrado ou paralelepípedo das respostas, percebe que há um déjà-vu, falta de rodagem para ganhar e a capacidade de quebrar os oportunismos e chicos-espertismos do PSD. Há falta de sair do palco onde o PSD quer estar, montou e consegue estar. O PS joga o jogo do PSD, abram os olhos.

O eleitorado quer alguém enérgico, capaz de desafiar, fraturante, sobretudo que não compactue com o PSD ao evitar de falar de tudo aquilo que são ideias comuns, que se pressupõem e que por isso, o PS, apesar de desafiado, nunca aborda. O que mata a Madeira é o encaminhamento dos orçamentos para as vontades dos DDT, dito de outra maneira, basta ver o PRR, a Lei de Meios, os orçamentos regionais e verbas europeias como são "caçadas" e a capacidade de intrusão nas decisões sobre onde aplicar o dinheiro. Está claro que é isto que produz pobres para enriquecer cada vez mais os mesmos. Quando se evita baixar impostos sobre o rendimento parco dos madeirenses, porque se quer ter dinheiro, no imediato, para sustentar empresas do regime por assistencialismo (e porque pinga), estamos a optar por essas empresas e não pelo madeirenses, opta-se pelo encerramento da nossa economia, estamos a banir madeirenses, estamos afinal comunistas a proteger empresas para todos os efeitos "estatais" mesmo que privadas. O desígnio não é esse, e se o é, porque se deixaram aprisionar para agora dizerem que é inevitável? Então o povo madeirense já tem um fim programado, sempre para sustentar a inevitabilidade de que se transferiu o poder político para o poder económico e é ele que manda, sendo Sérgio Gonçalves mais um exemplar dócil da política destes.

O senhor Sérgio Gonçalves não pode ser reconhecido como do povo pela sua matriz comunicacional, pelas suas origens profissionais e pela dialética política. A expectativa de que nasça o líder da oposição é sempre gorada. Está condenado a não ter o voto do povo e dos oligarcas, que apostam fichas noutros já oleados e paus mandados. Em suma, pergunta-se de quem vai ter votos? As tais redes sociais têm a resposta, o PS é incapaz de ler pelas mesmas o que faz vibrar e criar onda, o PS é amorfo, tem assuntos onde não toca e que marcam a diferença, para falar de assuntos que são cassete para o eleitorado, o discurso de Sérgio Gonçalves não esmiuça nada para não haver compromisso. Todos sonsos. O eleitor desliga. Um candidato a Presidente do Governo que parte da oposição e que não pormenoriza não convence, é preciso se colocar do lado de cá para perceber a imagem dos políticos, ser povo para perceber o povo. Desta vez não houve entrevista suicida mas pontos não marcou.

A pergunta é simples, em duas páginas de entrevista o que fixou de interessante o eleitor carente de alternância? Nada. Quer dizer, às tantas a manutenção naval para o seu DDT, uma imitação do Calado e as obras. O PS deve estar preocupado com o voto útil de 2019 que vai fugir ou regressar para opções mais combativas, que dia-a-dia cumprem a função de oposição desmascarando as tropelias do GR e do PSD. Se continua assim, acusando o modelo mas não beliscando quem manipula os orçamentos, o PS terá uma triste realidade em 2023. O PS desconhece o seu pântano e Sérgio Gonçalves não se colocou ao lado dos madeirenses. E os não alinhados do próprio PS porque existem?

Entramos na Comunidade Económica Europeia em 1986, vamos para 40 anos de um caudal financeiro que poucos no mundo conhecem e têm a sorte de ter, o simples facto de estarmos a empobrecer, a desaparecer com a classe média, a fugir pela emigração quer dizer muito, significa um PSD dedicado aos seus amigos monopolistas, incrivelmente dominantes também no PS. Estejam todos calmos, o stress virá de uma só vez na noite eleitoral. É frustrante dizer a verdade e perceber que Albuquerque desafiou para deixar igual ou pior e Sérgio Gonçalves é mais dos mesmos.

O Sérgio Gonçalves tem algo prometido para fazer este papel? Aqueles dois, mais dois de nortada, mais o outro que fala para fora e mais um que não se revê, quantos(?), vão se rir em 2023. O PS deve ser o único partido com uma estratégia para perder, gosta da oposição como o PSD do Governo.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 16 de Setembro de 2022
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