Boa tarde Plataforma e seus leitores.
A cabo de ouvir o senhor comentador que está na imagem, Ricardo Monteiro, gostei porque acho que a comunicação social está minada por muitos comentadores em causa própria e os meios estão conotados com este e aquele partido. Não tão descarado como na Madeira, mas nas eleições até que ficam iguais! No continente também existe comunicação social de lóbis, fundadores de partidos, afetos a partidos, encomendas de agências de comunicação para entrevistas em programas (pagos), jornalistas que não escondem a sua cor partidária, jornalistas que se focam só num prisma sem contraditório.
Durante a campanha assisti a painéis desequilibrados nos comentários do pós debates das TVs, onde partidos com ambições de governar Portugal não tinha um que fizesse o mesmo ou alguém imparcial. Assisti a debates a correr com pouco tempo para cada candidato e alguns não se calam nem permitem que o outro fale, mas depois tivemos de horas a metros de comentadores a fazer política com o comentário, corrigindo e promovendo candidatos. Parecia que a comunicação social deste e daquele partido faziam o resumo que importava o eleitor consumir. Houve jornalistas assessores de políticos ou de trabalhos feitos para partidos a monopolizar tempo enquanto comentador único. Houve políticos e até ex presidentes de partido a fazer comentário. Ninguém se toca. Deveriam todos passar como parte das notícias onde um jornalista modera e faz contraditório e não de comentadores
A abordagem de Ricardo Monteiro foi muito interessante. Apesar de muitos pensarem no mesmo que Ricardo Monteiro disse, nunca tinha ouvido ninguém falar disto com esta clareza na TV. Mas os media dito normais também estão nas redes sociais e não passam a mensagem, disse a jornalista. Claro que não, porque no caso dos debates e do acompanhamento das eleições os jornalistas e os comentadores não são isentos. Pelo que através das redes sociais os consumidores fazem a sua própria filtragem. Os jogos de poder e interesses não passam despercebidas. Quantos como eu pensam que o grupo do Balsemão, com perdas financeiras, não esteja a fazer campanha pelo partido laranja? E o outro canal quando manda pivot de senhoras das tardes
Na minha opinião, da mesma forma que os partidos do sistema e do poder (a verdadeira democracia) abusaram e destruíram os seus ideais com clientelas, provocando a subida dos extremismos e radicalismos, o medíocre jornalismo causou a subida das redes sociais. Depois ficam enfurecidos como alguns por cá desse jornalismo, alguns querem honra e são completamente descarados a priveligiar o partido que os sustenta.
Jornalistas, façam todos um bom e isento trabalho e fica tudo normal! Levaram muito tempo para começar a perceber! Também significa que os cidadãos estão mais esclarecidos e interventivos. Mas, reforço! Partidos e jornalistas é que abriram a porta das Redes Sociais. Lamento por aqueles que fazem trabalho sério, não encomendas políticas, os que são sérios e não se dedicam às futilidades. Não se esqueçam de que os "vazios" são sempre ocupados por algo. Também a Justiça sem fazer justiça abre caminho para os radicalismos e populismos. Políticos, juízes e jornalistas têm de mudar!
O senhor Ricardo Monteiro, especialista em marketing, foi nesta intervenção honesto, daí o elogio, mas pergunto-me se tal como um advogado se tiver uma ovelha negra por cliente se não o vai promover e condicionar a verdade no espaço público.
Termino sabendo que a abstenção teve forte queda, seja qual for o resultado ou significar, há muito para mudar em Portugal. Julgo que a maior figura em xeque nesta noite é o Presidente da República, os outros simplesmente disputam eleições. Também acabo de saber que a CNE diz que recebeu muitas queixas sobre as declarações de Albuquerque, como tudo começou? Será que foi por alguém que escreveu ao CM? Foi pelas redes sociais? Então estamos falados porque a comunicação social local nunca provocaria isso ao Albuquerque.
Perdoem-me a qualidade dos suportes, não sou bom nisso, mas no essencial está tudo o que quis abordar. Obrigado pela publicação.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 10 de março de 2024
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