Vamos falar verdade e acabar com os teatrinhos: Albuquerque e Ramos.


Imagem JM 18-8-2024 página 9

P edro Ramos e Miguel Albuquerque devem perceber que as pessoas já não precisam de ter um cognitivo muito desenvolvido para interpretar a situação. De facto têm tudo controlado na informação, mas não nos incêndios e então vão construindo narrativas. Era bom que parassem, porque pensam que estão a enganar as pessoas, mas elas estão a enfurecer. Ainda não notaram?

Devem entender que o silêncio, a falta de resposta, o medo, uma comunicação social macia, o coro do partido (sobretudo os inarráveis fanáticos), já não estão de "boa saúde". Albuquerque e Ramos estão na mira da ira da população, não adianta menorizar que são atitudes emocionais, estiveram a ver evoluir a situação dos incêndios e foram consumidos a pensar até que o fogo chegou ao pé. Mais uma vez, alerto que o cognitivo das pessoas não são dos setentas e oitentas. Para além disso, a população está mais crispada, nota-se que quando a situação é limite as pessoas baixam a guarda e desancam.

Os meios do continente deram-nos mais um episódio sobre como oligarcas e governo vão colocar jornalistas em xeque no pouco espaço de manobra que já têm. Miguel Albuquerque, alguém no jornalismo inventa algo contra o Governo? O problema é de um Governo disfuncional, de muitos cheios de si, do quero, posso e mando, da arrogância, da soberba, da confiança na máquina que mastiga a informação mas que é eclipsada pela realidade no terreno. Não é primeira vez que o jornalismo acarreta com as culpas das respostas e decisões impensadas do Presidente do Governo. Percebeu que ia perder, emendou a mão, mandou vir os meios, mas sentiu o cheirinho da população azeda com ele. Agora será sempre a descer, Albuquerque arrancou a ferros a sua imunidade, mas a população rejeita.

Miguel Albuquerque, tens o hábito do tudo controlado, mas com a natureza, o clima e a meteorologia perdes sempre!

Miguel Albuquerque e Pedro Ramos, dentro do vosso partido começam a haver vozes discordantes, gente que não quer estar na vossa narrativa porque estão a perceber que tanta sobranceria vai dar barraca, até porque o trabalho de campo, a gestão florestal é inexistente, comparado com o desafio que temos. Esta ilha, a calcinar assim todos os anos, será a ilha do mato, da carqueja e da giesta. Vamos ter pior lume e a avançar ainda mais rápido. Precisamos de um Governo Verde, não estou a dizer que é da JPP, um Governo que abandone o betão e se dedique à gestão florestal para retermos humidade, termos água nos lençóis freáticos, que implemente melhores espécies para o clima que vamos ter, que seja cintura de proteção à Laurissilva, que façam aceiros pensados para os incêndios não tomarem conta dos "inacessíveis" e começarem a distribuir faúlhas e achas através do vento. Todos eles devem ser revistos no final durante a Primavera. Precisamos de um conjunto de poços convenientemente distribuídos para servir os helicópteros e diminuir os tempo do "vai-vem" entre a recolha e despejo da água. Precisamos de trabalhar com retardantes nos limites próximos das casas. Precisamos de planos de combate sérios e não isto que vimos (esperar que chegue), onde os estudos levem a concluir como combater em cada zona consoante as condições climatéricas e o acesso à água. E assim saber que meios e quantos precisamos! Atacar rapidamente no início de qualquer incêndio deve ser mandamento básico.

O Governo deve acabar com o primado dos amigos nesta área, deve sanar diferendos e brigas, deve ser sério nas promessas salariais e nos equipamentos, deve zelar pela competência e não adaptar gente a funções.

Albuquerque que falhou completamente, está a tentar desviar as atenções de si para um possível fogo posto em zona inacessível. É preciso algum jeito para a ficção, a menos que seja científica e os pirómanos tenham mais meios do que a proteção civil. Começamos com o foguete da festa da Serra d' Água, a judiciária esteve no terreno, e daí para cá só vimos o deixa arder em "zonas inacessíveis", isso também é responsabilidade. As pessoas estão cansadas de invenções, o governo acostumou-se em mentiras coadjuvados por uma comunicação social que permite e não faz perguntas incómodas. Aliás, acabem de vez com o esquema comunicacional do Pedro Ramos, ele não impõe regras, ele presta-se a responder até cabal esclarecimento. A comunicação social tem que ser como um parlamento.

Um recado para o continente, para o comandante Marco Martins que, na SIC Notícias, disse que é irracional e emocional as reações das populações, não fale do que não sabe, o Presidente do Governo estava de férias e é reincidente em não regressar em catástrofes! Não é a primeira vez! Se não domina o que se passa na Madeira, não comente.

Para ir terminando, eu não posso afirmar a 100%, mas acho que uma percentagem potente de forças vivas e com influência andam a escrever no Correio da Madeira, conhecem o meio em que andam e não querem ser enxovalhados pela baixa política de caciques do PSD, aqueles que fomentam inimigos e não adversários na política, para além de sujeitos a perseguições no Governo, mas estão a dizer tudo. E digo mais, nota-se uma tremenda influência. Eu, podem estar descansados que sou zé ninguém, mas disse o que penso.

Os homens das obras negligenciam a natureza, esta, vai se dar ao respeito. Mas neste momento, tacitamente, nota-se uma comunhão nunca vista dos mesmos pensamentos, na população, nas redes sociais, na comunicação social, nos partidos (sobretudo os que viabilizam o GR), em amigos do PSD e no Correio da Madeira. Nunca tinha visto isto. O Governo nunca mais terá força, pode instrumentalizar tudo e ganhar, mas são adiamentos da hora fatal.

Nota 1: faltou o "gás" à Rafaela Fernandes? Se as primeiras figuras são o que são, uma segunda não pode render mais.
Nota 2: para a borga do rali há meios para tudo. Onde esteve a RTP-M? Também envergonhada pela comunicação social do continente?

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 17 de Agosto de 2024
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