H á duas imagens da última semana que deveriam servir de chamada de atenção para toda a administração pública regional, especialmente para aqueles que acham que não têm alternativa às trafulhices do PSD e têm medo de lhes dizer não.
Uma delas é de Cecília Aguiar, técnica, a entrar algemada em Tribunal, sem dinheiro para um advogado decente sendo representada por um estagiário do PSD. A outra é de Carlos Teles, o político, a regressar à câmara entre abraços e aplausos, depois de ter sido solto pelo advogado João Nabais, um dos tubarões do direito criminal.
Hoje, no "Puro e Duro" (que felicito a sua clareza e humor) foi buscar um exemplo, o de Rafaela Fernandes que não foi conivente com um esquema que vinha de trás de gente que agora é arguida.
Mas tal e qual pescadinha de rabo na boca, agora lembro-me da Mónica Freitas que noutras tropelias de braço dado com Rafaela Fernandes fez o seu papel de aliada do PSD subscrevendo o desmate, ou melhor o "deslaurissilva" no Caminho das Ginjas e o sinistro Teleférico do Curral que vai inviabilizar o helicóptero para apagar incêndios e dar uma renda superior aos anos de PSD no poder àquela família das penumbras da política regional.
Ainda hoje, ao ler o Despacho do MP que anda a circular nas redes sociais, e que vejo que o CM também publicou (link), comecei a perceber do porquê que tantas pessoas apresentaram a demissões há uns tempos atrás e nem foram notícias, como se fosse publicidade negativa para outros se encorajarem a fazer o mesmo e não ser, talvez, do interesse de muitos que fazem vida com as assinaturas dos outros. Isto é transversal ao Governo Regional e à Câmara municipal do Funchal.
Há advogados que são a antítese da Justiça. Jornalistas a antítese da notícia. Governantes a antítese do bem comum. E com tanta antítese, pergunta-se a Miguel Albuquerque quando é que se demite do cargo para acabar com esta má era da Madeira, fazer cair a canga montada para podermos respirar. Somos severamente gozados e apelidados de ladrões, todos nós Madeira. Na Madeira, finalmente acreditam, destruíram os pilares da democracia, não há separação de poderes, as instituições estão descredibilizadas, a oposição parece que zela pelo PSD no poder porque gosta de ser oposição, entretanto, o madeirense vai sendo posto a andar da Madeira porque não consegue viver.
Nota do CM: veio uma imagem de uma demissão que preferimos não publicar porque a pessoa, com certeza, não compactuou com a corrupção e não deve ser exposta.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 24 de Setembro de 2024
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