As viúvas do PS que sempre perderam


Valorizar os ativos de cada momento é não fazer o jogo do PSD

É alucinante ver textos no CM das viúvas das derrotas passadas do PS. Mais ainda quando o denominador comum do chorinho é sempre o mesmo: Cafofo está a prazo; o regresso de MSG/CP/JPV é inevitável; o futuro é do passado.

Ora, chamada à realidade, nenhuma das figuras de que se fala assegurou uma vitória que fosse ao PS. Na verdade, os nomes que se falam têm em comum terem ido a votos e (admire-se) terem perdido. O único ganhador no PS foi (rufar de tambores para grande surpresa dos contestatários): Paulo Cafofo. E é essa a realidade dos factos.

Neste momento a palavra Confiança tornou-se fundamental para demonstrar que existe uma alternativa ao PSD. Nova perplexidade para os contestatários: quem é que encabeçou a coligação ganhadora com esse nome à autarquia do Funchal? Claro está: Paulo Cafofo (e não, não temos segurança se alguma vez MSG ganha a autarquia do Funchal seja à atual edil, o arguido Fino, ou o arguido Calado, pelo que antes de tudo, deve MSG ganhar o Funchal e demonstrar que passou o tirocínio, para haver mais ganhadores no PS).

Compreende-se a crítica sobre Cafofo ter saído da autarquia para assumir um cargo governamental, mas note-se que esse exercício significava ganhos em três frentes: em termos regionais garantir que a Madeira tinha efetivo peso político no governo; em termos internacionais conseguir que a Madeira assumisse um papel fundamental no diálogo com as comunidades emigradas e, num círculo completo, em termos regionais interligar o exercício governamental com um plano internacional numa pasta chave.

O PS dos perdedores quer agora arrastar a sua aura para fazer o todo, procurando fazer valer a lógica de que se todos perdem ninguém ganha. Ora, novo “reality check”: Cafofo é o maior ativo do PS-Madeira e estar a desbarata-lo é fazer um favor ao PSD-Madeira e a Albuquerque.

JVP é quem tem batido nesta tecla mais constantemente, demonstrando mais emoção do que razão. Compreendendo as razões do “jovem”, é tempo do mesmo pensar um pouco antes de agir, voltar a olhar para o tabuleiro de xadrez com mais tempo e ponderação e deixar de andar a fazer as jogadas de JFR (ou o jovem ainda não percebeu que o seu romance com o companheiro de painel tem uma mão atrás do arbusto). Cada vez que JPM lhe lança uma banana, lá o jovem escorrega, porque contínua a não saber parar para pensar e a sua amargura com Cafofo é tão grande que o torna obviamente irrefletido.

A política exige elevação, o que significa compreender a distância entre saber perder e agir para estar continuamente a perder. As críticas a Cafofo de muitos destes contestatários assumem-se mais como mágoas por lugares do que diferenças estruturais sobre o caminho para uma região menos desigual, mais coesa e com melhor desenvolvimento para todos.

As bocas do CP são o abono de família do PSD (e é essa a razão porque tem espaço na imprensa regional), sendo que se formos a investigar um pouco mais, se calhar vamos encontrar razões menos abonatórias, as quais podem ir bem além do mero oportunismo político.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 14 de Dezembro de 2024
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