Motorista de Pedro Calado assume cargo de Diretor de Serviços na Câmara


É oficial, basta ser motorista para subir na carreira pública!

S e alguém dissesse que, na Câmara Municipal do Funchal, ser motorista do ex-presidente Pedro Calado era o passaporte para um cargo de alta direção, talvez chamássemos de piada. Mas não, é a mais pura verdade, e não é só uma piada, é um daqueles casos que fazem qualquer um coçar a cabeça e pensar: “Mas afinal, o que é que está a acontecer aqui?”

Pois bem, o nosso protagonista desta história é nada menos que o próprio motorista de Calado, agora nomeado Diretor de Serviços da área social. Uma função importante, que inclui a supervisão da Universidade Sénior e vários serviços sociais. Ou seja, esqueça aquelas longas horas de estudo na universidade, a formação especializada, parece que agora, para ser diretor, basta conhecer bem as curvas da estrada do Funchal e ter posto música boa no carro do presidente!

A pergunta que não quer calar é: será que a partir de agora basta trabalhar no staff pessoal de Pedro Calado para garantir uma promoção? O barbeiro, o mecânico do rali, ou até a empregada doméstica estarão na mira para diretores dos departamentos das Finanças e Jurídico? Se assim for, a mensagem é clara: chatear-se com estudos e diplomas, porque o “trampolim Calado” está aí para quem quiser saltar.

Portanto, a luta será entre Jorge Carvalho e Pedro Calado, sobre quais os cargos de direção que cada um substituirá. Uma verdadeira batalha pelo controlo da Câmara. Jorge Carvalho já tem a sua equipa de direções intermédias que vêm do Governo, portanto, os atuais serão todos demitidos, e, para complicar ainda mais, Pedro Calado quer meter o seu staff doméstico. Vamos ver como corre.

No fim das contas, quem perde com tudo isto é o cidadão funchalense, que precisa de uma administração competente, transparente e justa, e não de um baile de nomeações que parece sair de um grupo de WhatsApp do staff de Calado e do staff de Jorge Carvalho.

A solução? Talvez exigir que, para ser diretor na Câmara do Funchal, para além de um currículo minimamente decente, seja preciso algo que todos temos e não se compra: respeito pelo serviço público e pela população.

Até lá, fica o aviso: se quiser subir na carreira pública, nem pense em estudar — talvez o caminho mais curto seja arranjar um lugar no carro do ex presidente.

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