Os social democratas partem, os indigentes ficam e a oposição embevecida converte-se.


A propósito das desvinculação de Rubina Berardo do PSD, porque é conhecida, ficamos a conhecer o fenómeno migratório que há muito tempo está a acontecer no PSD-M "unido" pelos açoites do Jaime Ramos. O aflito para aguentar o império à sombra do poder. Não sei se faltar o Ramos pai, ainda assim com coração, se Ramos filho, ardiloso, se vai conseguir aguentar mais, ainda por cima quando cada tiro... cada melro nas apostas. Uma coisa é Ramos pai telefonar e outra é o Ramos filho. Enquanto isso, Abreu anda de caixeiro viajante e Prada sumido. Se os candidatos não precisam de cara para ganhar, todos aderiram ao anonimato.

Nesta dinâmica permanente, na verdade ficam os indigentes capaz de qualquer coisa com um estômago coberto permanentemente por Gaviscom, mas impressionante mesmo é a "oposição" social democrata, alguns tiveram que dar a cara nas últimas Regionais, alguns também para aguentar negócios, esquemas e empregos. Na última noite eleitoral das Regionais, aqueles que são mesmo da oposição ficaram incrédulos, de como na pior conjuntura possível o PSD ainda ganha. Só se admiram aqueles que não conhecem a quantidade de falsos que temos na praça, mesmo da oposição votam no PSD pelos seus benefícios. Conheço casos, dois pelo menos, de gente que faz campanha acérrima pelo seu partido e vota PSD.

Os social democratas partem, os indigentes ficam e a oposição embevecida converte-se. São muitos anos a sonhar com o poder, depois pensam que não podem passar a vida sem fazer vida e dão uma perninha ao PSD. Quando não é de corpo e alma, como no CDS. A propósito, o relato do Egídio Carreia é impressionante: link.

Eu não tenho dúvidas de que é assim, com clientelismos, que os partidos tradicionais se afundam, convertendo os eleitores em abstencionistas ou extremistas.

Mas, e terá tido influência o amor? É que um marido no PS amolece a social democracia que há em cada um? Portanto o segrego para neutralizar 50 anos do mesmo é o... AMOR.

Se o PS tinha mais tachinhos para dar, ganhava eleições? (link)