Madeira: ditadura numa carapaça de democracia



O conceito de democracia surge na Grécia Antiga, através de Clístenes, um aristocrata progressista que decidiu liderar uma revolução contra o "último tirano". Pretendia a implementação de uma democracia em Atenas. A capital grega foi por essa acção dividida em dez zonas designadas por “demos”, a unidade de gestão, principal bandeira da reforma. Assim nasce um novo regime chamado “demokratia”, “demo” (povo) e “kratia” (poder).

A Social democracia é uma ideologia que concebe o desenvolvimento das organizações económicas subordinadas aos interesses da sociedade no geral. Perfila pelas necessidades do povo e não das empresas. Com ela, todos os contratos estão subordinados aos interesses da comunidade. O Estado limita-se a controlar os assuntos económicos e financeiros, para que a produção seja focada de acordo com as necessidades de consumo do Estado.

A ditadura teve génese na República Romana mas, num conceito diferente do que temos ideia hoje. Na altura, o ditador tinha plenos poderes por um período limitado no tempo e por concessão do Senado. Era como uns poderes excepcionais para um Estado de Emergência ...

O apetite do homem pelo domínio dos outros fascina-o, embriaga, enlouquece e, de uma ideia nobre começaram as interpretações dúbias (à imagem de prender pessoas em hotéis). De uma concessão passamos à conquista do poder pela força, armada ou legislativa, repressiva ou progressiva, dependendo da natureza e do estado de coisas em que se dá a ignição. Por norma, uma ditadura não sobrevive sem o apoio das armas, da violência e do autoritarismo ou, ainda, no abuso das leis ou sua interpretação sectária ... discricionária.

A ditadura continua a evoluir, polida e embutida na democracia, abusando da necessidade e da pobreza, desvirtuando as regras democráticas, usando o dinheiro do povo para escravizá-lo e dar preferência a alguns. Unificando interesses empresariais que compram partidos para se atingir o uníssono da voz, a razão e o rumo. A repressão existe, sempre física, psicológica, em assédio moral e no desvirtuamento dos princípios do mérito e da capacidade.

A Madeira não tem nada de novo mas, junta parcelas de outras experiências para construir a sua em benefício de uma cleptocracia. Jeitosa na apresentação, esconde na mesma a "brutalidade" dos agentes da ordem que adaptam a lei para a impunidade ou omissão, na dilação e no adiamento exclusivo a prevaricadores (para não chamar de criminosos) das elites. Enquanto isso, a propaganda política limita a liberdade de expressão e jornalística. Existe este tipo de ditadura porque as instituições não funcionam, infestadas de apoiantes ... necessitados.

O regime perdeu a cabeça, o pudor, o carácter, despreza a Autonomia que já faliu financeira e intelectualmente, "mata" os madeirenses que pensarem diferente. Tudo para instalar ratos de esgoto que definham as instituições.

Isto terá fim, podemos ter que emigrar e pedir delicadamente que cortem o que tudo sustenta: o dinheiro.

Estamos em guerra, junte-se à resistência.


Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 26 de Junho de 2020 03:17
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