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Li esta notícia e como encarregada de educação revoltei-me.
M inha filha farta-se de estudar para ter boas notas e também ter bons resultados nos exames. E, claro, entrar na universidade, seguindo seu sonho, seu projeto de vida. Já há muito tempo que ouço minha filha e seus colegas referindo-se a injustiça que é uns andarem certinhos, trabalhando, se esforçando, queimando as pestanas, abdicando de alguns convívios para ficar em casa a estudar. No entanto, sabem bem como os dos cursos profissionais conseguem notas altas sem critérios de rigor e exigência. Além disto, ver que terão mais uma vantagem, facilitismo na entrada na universidade é injusto (mesmo que apenas para um curso profissional). Dar a uma escola esta prioridade de entrada na universidade é injusto em dobro. É assim que se fomenta o mérito e se incentiva os jovens a se esforçarem na vida? A UMa quer baixar seu nível de qualidade? Quer nivelar por baixo?
Não me venham com o discurso bonito das regras do ensino profissional. Não me venham falar pela teoria pois sabemos que, na prática, a diferença é abismal. Esse discurso é escusado, se professores, directores de escola, psicólogos, e outros profissionais do ensino vierem falar, tudo vai parecer 100% bem planificado, e há os bons exemplos de casos pelo país, blablabla. Essa parte só vai servir para passar boa imagem para quem não conhece a realidade.
Na verdade, se o ensino profissional tem um horário sobrecarregado, regras rigorosas a há alguns alunos que abraçam esse projeto com disciplina, rigor e empenho, sei muito bem o que se passa no geral. É uma forma de dar o secundário aos alunos que não conseguem fazer pelo ensino regular (seja porque não têm capacidades para isso, seja por pura preguiça). Alunos medianos e mesmo bem fracos dizem a boca cheia “quero passar agora, mesmo à rasca, porque vou para um curso profissional”. Há trabalhos que os professores sabem, certamente, serem demasiado fracos, insuficientes, mas têm de arranjar resultados. Por mais fraco que seja o trabalho tem de dar positiva, tem de resolver a situação dos alunos.
Na verdade, se o ensino profissional tem um horário sobrecarregado, regras rigorosas a há alguns alunos que abraçam esse projeto com disciplina, rigor e empenho, sei muito bem o que se passa no geral. É uma forma de dar o secundário aos alunos que não conseguem fazer pelo ensino regular (seja porque não têm capacidades para isso, seja por pura preguiça). Alunos medianos e mesmo bem fracos dizem a boca cheia “quero passar agora, mesmo à rasca, porque vou para um curso profissional”. Há trabalhos que os professores sabem, certamente, serem demasiado fracos, insuficientes, mas têm de arranjar resultados. Por mais fraco que seja o trabalho tem de dar positiva, tem de resolver a situação dos alunos.
Desculpem o desabafo mas estou a dizer o que penso e o que ouço de outros pais. Infelizmente, muita coisa se ouve mas ninguém gosta de demonstrar.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 25 de Junho de 2020 17:17
Todos os elementos enviados pelo autor. Ilustração CM.