Pseudónimo vs Anónimo

 

P seudónimo, onomatópose ou criptónimo para "intelectuais", é um nome sob o qual alguns publicam os seus escritos, na larga maioria dos casos, mas existem outros em toda a arte. Há muitos exemplos, tivemos um músico francês que usou o pseudónimo para os experimentalismos ou desvarios que eram do seu gosto mas que desconhecia ou tinha receio de expor ao público, habituado a uma produção mais clássica. Tivemos pintores e poetas acmeístas, como exemplo de como é transversal a culturas e povos. Tivemos o nosso Fernando Pessoa. A beleza da situação é a condição de valor, já por si denunciadora do vício no quem e não na beleza e conteúdos da obra. Quantos valorizaram mais uma obra quando souberam do nome do criador para lá do pseudónimo. E por favor, obra aqui nunca é betão!

Um pseudónimo é uma referência para não se referir a ninguém mas dar uma identidade, é como um número de prova nacional que garante a imparcialidade na correcção mas tem autor e é pontuado. É importante reter, é uma forma protegida de verdade criativa, porque desaparece o ataque ao quem para contemplar a obra e a mensagem.

Eric Arthur Blair, curiosamente mais conhecido pelo pseudónimo de George Orwell, foi um escritor e jornalista inglês. A sua obra não deixou de ter valor pelo facto de estar sob um pseudónimo, a verdade inconveniente que narrava, tal como hoje em dia, evitou o atrair de vinganças, ódios e ajustes de contas ou o esperar de assédios, instrumentalizações, mentiras bem urdidas, ataques à vida pessoal e suas essências, neutralizar e remeter ao silêncio a verdade. Um pseudónimo pode ser um caminho para a dura verdade e realidade no meio de anestesiados, "coristas" ou beneficiários.

No jornalismo da Madeira, esse com muito asco do anonimato, poderia ler o passado e imitar ou reinventar formas de sair dos pés que lhes meteram em cima mas, segue dócil e cooperante na mentira que nos empobrece mas, garante a eles um vencimento para viver a vida, coisa negada a imensos madeirenses. É uma forma de egoísmo que usa as mesmas artimanhas do poder para se tornar puro acusando os outros. Não se vê um esforço mas o deixar-se no lado mais forte.

Eric Arthur Blair (George Orwell) tem uma curta vida de 47 anos, marcada por uma inteligência humorada, audaz e perspicaz, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e um vício pela clareza da escrita que melhor informa. Quando olho para a função do Correio da Madeira, no contexto que vive a Região, não consigo dissociar. Levo uma semana desejando ter tempo para escrever esta comparação mas ajudou-me a amadurecer ideias.

Eric Arthur Blair e George Orwell, sendo a mesma pessoa, ajudaram-se a evoluir, a verbalizar o pensamento muitas vezes escondido de todos, tal como acontece na Madeira, onde muitos pensam melhor mas vergam-se a agir mal. Eric foi simpatizante de uma proposta anarquista em contraponto ao controlo total que mata a individualidade e a opinião pública, para satisfação daqueles que se apoderaram do poder e o julgam propriedade e posse "democrática".

Nos nossos dias e na Madeira, com tanto governante ladrão ... de pelo menos da qualidade de vida de muito cidadão, somos obrigados a pensar como Eric Arthur Blair (George Orwell) e defender a auto-gestão ou autonomismo (e não esta Autonomia corrupta), uma espécie daquilo que a Bélgica experimentou há pouco tempo atrás, de vários meses sem governo mas a prosperar porque as instituições, sem influências para excepções, aplicavam a lei e o modelo funcionava. A criação não é má e tem boa fé, o problema são os expedientes que a deturpam.

Mas, Eric Arthur Blair (George Orwell), teve a sua crença no socialismo democrático abalada quando o socialismo real foi interpretado pelo mesmo ser humano que o moldou a experiência governativa que teve. A essência do ser humano é transversal às ideologias quando se vê com poder, esta é para algum Mira que me esteja a ler. O criador por norma tem boa fé, seja numa lei, numa obra escrita, um plano, nem que seja para "inglês ver", o problema são os artifícios dos gananciosos que se aproveitam dos cargos e do poder. Tudo isto foi denunciado no "Triunfo dos Porco".

O pseudónimo é uma forma de medo? Com certeza, ou receio, uma dose abaixo. De estragar uma carreira conquistada a pulso ou num estatuto porque as massas até são intelectualmente corruptas e seguem mentiras de conveniência para o seu comodismo. Geram estigmas e contra-respostas mas armam-se em moralistas. Tal como os nossos gatunos governantes e suas clientelas. Roubar não é só deitar a mão e levar, é também usar formas de pseudónimo em sociedades anónimas ou emaranhado de participações societárias que desaparecem com a cara, o nome e a identidade que usou da posição privilegiada para aceder aos concursos, dinheiros, adjudicações, explorações, obras, concessões, etc, que acabam na prática com o dinheiro em si mesmos.

Pseudónimo é para muitos uma forma de lucro mas, há aqueles que com pseudónimo não lucram coisa alguma, simplesmente querem a re-instituição do rigor, da transparência, do mérito, da lei, de uma sociedade justa que ponha fim à impunidade, que distribua a riqueza por todos em vez de meia dúzia de pseudónimos societários e respectivos ajudantes no governo.

Os conteúdos dos escritos de Eric Arthur Blair (George Orwell) na situação e cultura contemporânea, em especial na Madeira, tanto na vertente popular quanto a política, perduram.

Mas agora, o que é anónimo no Correio da Madeira? Uma forma de pulsar da sociedade que nem usa a mentira do pseudónimo, deixa omisso o quem para obrigar ao foco no que existe, a mensagem e as ideias, obrigar a muito mentiroso ardilosamente moralista e beneficiário do regime a pensar que os impérios nunca foram eternos e que verão, o seu verdadeiro nome, inscrito como cúmplice do "holocausto da Madeira", que mata paulatinamente a demografia porque o povo emigra e não tem como procriar.

No meu ver, o Correio da Madeira é um Eric Arthur Blair (George Orwell) adaptado aos nossos tempos contra falsos que tentarão de tudo para não serem desmascarados. Hoje é 4 de julho, dia da Independência dos Estados Unidos, que fosse a nossa, pessoalmente, integrada na nação portuguesa, pondo fim ao isolacionismo com vista ao roubo nesta Autonomia corrompida.

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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 4 de Julho de 2021 10:37
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