As autoridades policiais que se afastem dos extremistas

Só há ditadura quando as forças militares e policiais

se colocam ao lado dos ditadores e,

esta situação, cria-se aos poucos, por habituação e vulgarização.

O ntem veio a público a tortura levada a cabo por militares da GNR, imigrantes foram agredidos e humilhados por agentes fardados em Odemira que filmaram os próprios atos de violência (link). Sete militares da GNR estão acusados de um total de 33 crimes. Tudo isto acontece quando a situação do SEF ainda não está resolvida, por conta do que sucedeu no Aeroporto de Lisboa ao imigrante ucraniano falecido devido a maus tratos dos agentes.

É sabido que o Chega e agora com certeza mais um extremista, o partido Ergue-te (porque estamos com eleições à porta), captam a simpatia das forças policiais e militarizadas porque seduzem ao estar em seu favor em muitas intervenções em bairros problemáticos ou reivindicações dessas classes profissionais. Os extremistas querem poder e dirão o que lhes convier para alcançar esse fim. Cabe aos cidadãos e as forças saberem ler a situação. Espero que percebam como são instrumentalizados pelos extremistas e como alguns até chegam a essas forças como estratégia política. O fascismo é assim.

É evidente que há alguns bairros problemáticos e a polícia tem razão, essa gente atiça para que as autoridades cometam erros para depois filmarem e sair nas TV's. A polícia anda magoada e enfurece por ser destratada pelo poder político, pela falta de condições laborais e vencimentos justos inerentes aos riscos. Está aqui o "caldinho". Disto não saímos enquanto o poder político executivo não souber ouvir e dialogar. Os extremistas vencem sempre por falta de resposta do executivo, dos Governos. Os extremistas vêm com palavras como mel até concretizar o objectivo, que não é defender as forças em questão mas dominar a população pela força.

Cúpulas das forças policiais e militarizadas, Governo Nacional, Parlamento, há muito trabalho por fazer, primeiro abrir a válvula de escape, depois ouvir, ouvir muito, e saber seleccionar agentes.

Por fim, um elogio à polícia da Madeira que faz cumprir a lei quando chamada a casos em que barram ou barraram pessoas à entrada de estabelecimentos comerciais. À luz da lei e não da política, é tão simples se sair bem. Cuidado com a submissão à política na Madeira, o ónus fica convosco.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 17 de Dezembro de 2021
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