A festa do PS: quo vadis?


Foto retirada de notícia do DN-M

O PS realiza hoje a sua Festa, trocando a tradicional e velha Fonte do Bispo, marcada por derrotas sucessivas, pela nova Madalena do Mar, num concelho governado pelo PS mas numa freguesia onde o PSD continua a reinar. Será presságio?

Em que estado chega o PS à sua festa? No de encenação total e alucinação coletiva, num caminho constante de negação da realidade. Que motivos reais tem o PS para encenar tamanho festejo com 50 autocarros contratados?

Os resultados autárquicos de 2021 colocaram o PS num estado pior do que em 2013 e envergonharam a maior parte dos protagonistas de primeira linha que continuam na Assembleia Regional e que ainda alimentam a esperança de por lá ficarem depois de 2023.

Os resultados das eleições nacionais de 2022, por meia dúzia de votos, disfarçaram o real estado da arte, qual bóia de salvação de Cafôfo com a cabeça em 2027 e de Iglésias com a cabeça nas Europeias de 2024, ambos com a máxima de “quanto mais longe do descalabro é melhor pago, melhor”, antecipando um 2023 difícil e um 2025 ainda pior. Foi essa a receita que aplicaram em 2015, exilados no Funchal, e em 2021, distanciados do Funchal.

As sondagens que têm chegado aos jornais, à Rua da Alfândega e ao Largo do Rato apontam todas para a mesma realidade, dura, pura e crua: o descalabro do PS ter um candidato desconhecido e politicamente deslocado, que muita sorte terá se mantiver o Grupo Parlamentar em metade do que agora tem. 

O que festeja mesmo o PS?
As viagens de Cafôfo e Iglésias?
O distanciamento de Carlos Pereira e Liliana Rodrigues?
O afastamento de Emanuel e Olavo Câmara?
O ignorar constante do seu mais recente militante Miguel Gouveia?

Ao PS do futuro, para lá do desastre anunciado, parecem sobrar apenas os fantasmas de Cafôfo e Iglésias, que, como fizeram em 2013, continuam a apostar no longo curso. Ao PS do presente sobram casais de funcionários, deputados politicamente inexistentes na República e no Parlamento Europeu e um Grupo Parlamentar na Assembleia Regional irrelevante e a caminho da extinção.

Para já sobram 19 futuros mártires, cada um tentando salvar a sua pele, ora justificando ausências, ora demonstrando presenças fotográficas incessantes em conferências de imprensa ineficazes. Alguns já sabem que têm o destino traçado, num jogo de cadeiras viciado onde se salvarão os mesmos de sempre, pelos piores motivos. Não é pelo mérito, ou trabalho de cada um, pobres enganados que poucos ou nenhuns votos valem, será sobre o valor do caciquismo interno de cada um para as contas do dia seguinte. 

Este último número de Elisa Seixas, bem suportada pelo sistema interno vigente, é só mais um de uma encenação bem montada, qual mártir a quem foi negada morte certa em Câmara de Lobos nas autárquicas de 2021, em sacrifício de Jacinto Serrão. Um número que faz esquecer como foi parar às páginas do DN, do Tribuna e às ondas da TSF: não foram escolhas editoriais, mas antes puros negócios comerciais. Quantos votos vale Elisa Seixas? A sua meia dúzia de likes no Facebook?

O que festeja o PS? O abismo para que caminha a passos largos, isolado na vertigem de 50 anos de derrotas, justificadas por divisões internas e inimigos externos, quando tudo o que sempre sobrou foi aselhice própria de quem lidera. Daqui a um ano cá estaremos cá todos para ver quantos sobrarão na linha da frente do palco do desastre anunciado. Boa festa, Sérgio!

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 28 de Agosto de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira

Enviar um comentário

0 Comentários