Sobre as Baldas da Assembleia


L i a notícia do DN referente às faltas dos deputados, nomeadamente o número de faltas, estatísticas e resumo do trabalho parlamentar. Li igualmente as reações que se seguiram: primeiro pelo Rui Caetano, depois pelo Vitor Freitas e, finalmente, a Elisa Seixas.

Sobre a índole do artigo do DN – a que todos prontamente criticaram – acho-a necessária mas insuficiente. É assunto de interesse público percebermos a produtividade dos grupos parlamentares, os temas em discussão, as ideias em debate, as votações e motivações das diversas matérias e, claro, a assiduidade. Em todas as atividades profissionais a assiduidade é um indicador – apenas isso, já que não faltar e picar o ponto a horas não é sinónimo de produtividade – mas no que toca à política que depende muito da percepção dos eleitores (infelizmente), é um indicador especialmente importante.

Compreendo a Elisa Seixas e defendo igualmente a sua posição. Mostrou porque é que o artigo do DN foi necessário mas insuficiente, mostrou que existe claramente uma intenção de provocar a opinião pública sobre um partido da oposição e mostrou a sua idoneidade ao cortar os laços de colunista naquele matutino. O DN é que perde, obviamente que se informava as pessoas visadas antes de sair um artigo daquele género e nem estou a falar por obrigação do código deontológico dos jornalistas mas por uma questão de ética. À Elisa, continua a ter o meu apoio e voto, independentemente do seu partido, já que numa terra tão pequena as Pessoas são mais importantes que ideologias políticas.

No entanto, já compreendo menos a posição do líder parlamentar Rui Caetano. Faltou um “danoninho” para eu acreditar na sua resposta ao DN. Mais duas ou três frases de “não houve baldas” e eu passava a acreditar. E o Sr. Avelino Conceição são veio a público demonstrar as suas faltas? Face a um artigo demolidor para o PS, a sua resposta foi um post no facebook e nada de líder do partido? Estamos mesmo a brincar aos políticos? 

Será que ainda não perceberam que a mensagem que passa para o público é que o maior partido da oposição, o tal que se chama de alternativa de governo, que tem pessoas eleitas pelo povo para dar voz às posições diferenciadoras das políticas governativas, é também o partido com mais faltas no parlamento? Isto obviamente que diz muito sobre a organização interna do partido. Até entendo.

Com tantas pessoas sérias e inteligentes, continuam reféns dos mesmos caciques? Comecem a olhar para as Pessoas de valor e que têm encostadas no banco ou completamente isoladas. Pensem também que os madeirenses não são tontos e que o vosso líder vacinado com Sousa não tem hipóteses...

Leitura sugerida: Para a Elisa Seixas (link)

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 27 de Agosto de 2022
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