Coloque a cabeça no lugar para não ser manipulado nos próximos tempos


H á coisas da nossa vida coletiva de bradar aos céus e a maioria, mesmo desinformada, ganha e encaminham-nos para a desgraça. Putin em fevereiro começou a sua guerra imperialista na Ucrânia, com ela arrasta as economias mundiais e, perdido a velas, perdido a remos, quanto mais desgraça provocar mais se autoalimenta de um heroísmo doentio. Parte dos russos também percebem isto mesmo bombardeados de propaganda. Deveríamos, com eles, perceber o que sucede cá. com a propaganda.

É preciso andar informado, LER, e não viver de impulsos zapping.

Enquanto Federação Russa, desde 1991, a "Rússia" participou em vários conflitos:

  • Guerra da Transnístria (1992),
  • Conflito na Ossétia do Norte de 1992,
  • Guerra Civil do Tajiquistão (1992–1997),
  • Guerra Civil na Geórgia (1993),
  • Guerra da Ossétia do Sul (1991-1992),
  • Guerra na Abecásia (1991-1994),
  • Primeira Guerra da Chechênia (1994–1996),
  • Invasão do Daguestão (1999), Segunda Guerra da Chechénia (1999–2009),
  • Guerra Russo-Georgiana (2008),
  • Insurgência no Cáucaso Norte (2009 – ...),
  • Crise da Crimeia de 2014,
  • Guerra da Ucrânia (2022 - ...)
A Europa, ao contrário do que alguns dizem (quanto mais ignorante mais arrogante), teve uma estratégia de envolver com pacifismo aquele que por natureza é conflituoso e maquiavélico, aquele que se diverte com jogos de guerra, como pode ser contatado pela lista de conflitos que atrás expus. A Europa encetou uma estratégia de boa vizinhança, envolvendo a Rússia numa economia de win-win, onde se tornou dependente dos combustíveis fósseis russos e a Rússia de outros produtos do ocidente.

A Rússia vive todavia com uma geração dominante com as mentes formatadas para um imperialismo que ficou fora de época. Fica claro que a Rússia teme mais o poder bélico do que destruir as relações comerciais das quais depende, o que para o ocidente é incompreensível. Mas cá estamos com guerra na Europa e a sofrer as consequências: inflação, crise económica, subida das taxas de juros, crise energética dentro de uma crise climática, etc.

A Rússia investiu na corrente ideológica que professa, a extrema-direita, e foi doando ao longo dos tempos fundos para alimentar as forças que vão conquistando paulatinamente a Europa, desde que as pessoas não pensem e tenham uma atitude vingativa em relação à política.

Sem dúvida que os partidos tradicionais estão desatualizados, em crise e cristalizados na corrupção. Os serviço públicos são maus e a riqueza está mal distribuída, a Madeira é um exemplo próximo mas, é impensado votar na extrema-direita, a mesma que provoca a guerra e quer por essa via conquistar a Europa, é uma verdadeira estupidez. Chama-se premiar o inimigo e permitir que vença na sua estratégia. Devemos fazer sacrifício para nos mantermos em sociedades livres e democráticas, um erro pode durar décadas ou mais.

Daqui para a frente, a crise vai agudizar, não vá em propagandas partidárias de aproveitamento do momento, podem fazer diferente mas melhor ninguém faz porque estamos limitados a uma conjuntura internacional. Dedique-se por exemplo a condenar como a nossa classe governante e oligarca vive, como se não houvesse crise, interessados em promover um ano de alegria e de falsa abastança quando deveríamos estar a aproveitar a maior arrecadação de impostos (devido à inflação) para abater a dívida, poupar nas energias fósseis e em todos os consumos, ser mais eficientes, voltar ao trabalho remoto, melhorar os serviços públicos que vão sofrer mais uma exigência, entre outros.

Cabecinha no lugar, não viva de impulsos cegos que nos vão levar a uma situação pior. Falar é fácil, passar pela crise é mais do que retórica, se entalar em ditaduras podem durar uma vida.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 13 de Outubro de 2022
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