A solução foi satisfatória tendo em conta as circunstâncias e a realidade na qual vivemos. Conseguimos chegar a acordo para expropriação parcial, o que nos vai permitir manter a posse de uma área superior a 3000 m2.
Os valores de expropriação não nos satisfazem. Todo o Madeirense sabe o que é colidir de frente com o Governo Regional, foi uma “luta” entre o David e o Golias, em que no fim ambas as partes tiveram de ceder. Nós sempre nos mostramos abertos a ceder. O GR apenas cedeu na presença do juiz, à exceção da proposta que nos foi feita em Dezembro para expropriação parcial. No entanto, após termos feito uma contraproposta em Fevereiro (usando por base a área de expropriação parcial que nos foi proposta), em Junho o executivo comunicou-nos como inviável e ilegal tudo o que havíamos proposto.
A notícia que foi publicada no DN no dia 30 de Outubro, à semelhança de todas as outras, é a meu ver, que estou por dentro do que se passou nesta situação, escrita para passar uma mensagem aos Madeirenses de que o Governo Regional é competente, que age de forma legítima e no interesse dos Madeirenses. A determinada altura houve mentiras sobre nós, como por exemplo discussões entre herdeiros, para justificar os problemas que estavam a ter com a expropriação. Houve outras, que na devida altura foram prontamente identificadas por nós. Nesta notícia em concreto não existe nenhum ataque, nem referência direta a nós, mas toda a notícia é claramente escrita com o cuidado de passar uma mensagem politica para os Madeirenses. Aproveitam para reclamar toda a responsabilidade do sucesso no estabelecimento de um acordo, quando durante 6 meses rejeitaram de forma imperativa o acordo que acabou por ser aceite, e pelo meio atacaram-nos de todas as formas que puderam, condicionando o acesso a carro às moradias ou tentando despejar coercivamente. Devo realçar que o acordo foi alcançado numa sessão de conciliação em tribunal. Essa sessão de conciliação foi pedida e paga por nós em Fevereiro de 2022. Todas as reuniões que o executivo reclama ter estabelecido connosco, foram pedidas por nós.
Este foi sem dúvida um processo que como referi em entrevista à TSF, poderia ter sido simples mas muito complicado. Com consequências financeiras e a nível da saúde mental e física para alguns residentes na parcela 118. Na minha opinião, e como referi anteriormente por várias vezes, não houve por parte do executivo regional, sensibilidade para tratar esta matéria como uma expropriação deve/merece ser tratada. Considero gravíssimas algumas ações premeditadas por parte do executivo onde a dignidade e respeito pelas pessoas não foram tidos em consideração. Ações que foram realizadas para poder ter argumentos relativamente ao processo de expropriação, como a entrada e destruição de terreno sem aviso prévio com o objetivo de “encurralar” uma das moradias com muros, de forma a poder justificar a sua demolição, caso contrário, a não expropriação total seria bem mais exequível. Outro método utilizado foi condicionar o acesso a carro por cerca de seis meses, com a justificação de construção de uma vala para escoamento de águas, no entanto nesse período não foram feitas quaisquer obras nesse espaço, nem utilizado para qualquer fim da obra.
Relativamente à notícia publicada no dia 30 de Outubro no DN, cumpre-me esclarecer os seguintes pontos:
- Todas as reuniões de trabalho foram pedidas por nós. O executivo nunca teve a iniciativa de resolver esta questão através do diálogo. Fê-lo apenas a nosso pedido.
Leituras sugeridas sobre o caso:
- 19-7-2022: Hospital Novo: a desinformação do GR em relação à "parcela 118"
- 16-7-2022: Especulação, Informação ... privilegiada.
- 15-7-2022: Obra do novo hospital: repondo a verdade nas notícias do Funchal Notícias e da RTP-Madeira
- 14-7-2022: Fake News em dois órgãos de comunicação social
- 23-6-2022: Esclarecimentos sobre a contenda nos terrenos do novo hospital (notícia DN-M)
- 05-6-2022: Tentativa de tomada coerciva ilegal aproxima-se ...
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