Uma barraca do Plano de Recuperação e Resiliência


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O meu texto não começa por "um golo de outro mundo", fulana de X mostra a saúde com linhaquini, etc, mas espero que lhe interesse.

Q uando Pedro Calado viu o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nas mãos delirou, chamou todo ele para os cofres do Governo Regional e destinar o seu uso exclusivo. Na Madeira, só o Governo Regional "sabe" bem aplicar em Recuperação e Resiliência ... da sua horda.

Não bastando, Pedro Calado rosnou perante as vozes que clamavam e reclamavam por fiscalização das verbas e, evitando a Assembleia Regional Casa dos Loucos, criou uma "autoridade" fantoche, escolhida por ele e da qual nunca mais ouvimos falar. Um dia assinarão por baixo toda a aplicação do PRR e, se Deus quiser, terão as culpas se alguém se atrever a criar um caso em Tribunal.

O PRR é um programa de âmbito nacional nos mais diversos países da União Europeia, proposto por cada país e aprovado, com um período de execução até 2026. A matriz é a sustentabilidade inspirada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e que se tornam pilares da estratégia europeia 2030 perfilada pela:

  • Transição verde;
  • Transformação digital;
  • Crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, incluindo coesão económica, emprego, produtividade, competitividade, investigação, desenvolvimento e inovação, e um Mercado Único em bom funcionamento com pequenas e médias empresas (PME) fortes;
  • Coesão social e territorial;
  • Saúde e resiliência económica, social e institucional, inclusive com vista ao aumento da capacidade de reação e preparação para crises;
  • Políticas para a próxima geração, crianças e jovens, incluindo educação e competências.
Não podemos atingir estes objetivos com o dinheiro todo na posse do Governo Regional, sem abertura a candidaturas privadas. É assim que o primeiro caso visível de insucesso está à vista de todos. Hoje saiu uma  notícia que se resume no mais importante assim:

A obrigatoriedade de instalação de painéis solares nos novos edifícios e nos renovados para ajudar a baixar os preços da energia, deve ser uma realidade até 2023, segundo um relatório do Oeko-Institut e da Rede de Ação Climática (...) no âmbito da atual revisão da Diretiva Europeia para o Desempenho Energético dos Edifícios. De acordo com o relatório, "o aproveitamento da energia solar a nível da União Europeia tem de ser potenciado o mais rapidamente possível, através da obrigatoriedade de instalação de painéis solares nos novos edifícios e nos edifícios renovados.

Parece que, pela primeira vez, tivemos dinheiro à frente e diretivas europeias depois, mas com um PRR que diz que devemos usar em transição verde e aumento da capacidade de reação e preparação para crises num coesão social e territorial, acabamos por confirmar que na Madeira não temos gente com visão para além do betão. Temos uns governantes "malandros" a trabalhar para os seus grupos económicos. Este Governo não sabe repartir a "Recuperação e Resiliência", tal como não sabem (e não quer) distribuir a riqueza criada.

É triste, todos nós numa terra de boa exposição solar poderíamos estar a abater na conta da luz, mas não interessa aos senhores das obras e ao senhor que vende gás à EEM (link) e que ainda controla os consumidores (link), esta é que é a verdade.

Quando acabar o PRR na Madeira, os madeirenses serão mais pobres, menos resilientes, os membros do sistema (oligarcas e governantes) estarão mais ricos, com numerosos bens imobiliários e dinheiro escondido, os madeirenses estarão mais endividados e a pagar custos fixos mais elevados, o seu vencimento cobrirá menos despesas. Ter mais dinheiro disponível é possível, abatendo despesa energética e concretizando roturas térmicas, tudo Transição Verde!

Não havia um oligarca nesta área?

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 16 de Outubro de 2022
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