A semana ainda mal começou e já há pano para mangas no tema do costume. Os assaltos na baixa do Funchal já quase passam despercebidos, de tão rotineiros que já se tornaram. Mas esta noite merece um reflexo sobre a escalada para novos patamares da insegurança.
Há quem ainda diga que nunca sentiu tanta segurança na Madeira como agora. Temos pena que o presidente não ande a pé pelas ruas (quando começa a fazer jogging na avenida?) e os vidros fumados da viatura, que todos pagamos a preço de ouro, não lhe permitam ver nada lá para fora.
Veria mendigos a cada 50 metros na Avenida do Mar. Veria idosos a serem assaltados por esticão e a rolar pelo chão para não mais se levantarem. Veria as outrora seguras portas de vidro dos estabelecimentos a serem substituídas por portões reforçados. Veria muita coisa que não quer ver, portanto não olha.
É de lamentar o estado a que chegamos nesta Região. A morte de uma pessoa, neste caso o assaltante, é uma tragédia, mas não menos trágico é o futuro de quem o matou para defender o que é seu. Entre quem o julga em praça pública por ser homicida, aos fantasmas internos de quem passa por casos de imenso stress como este, ainda corre o risco de ser condenado por apenas isso: defender o que é seu.
O respeito pelas forças de segurança é quase inexistente nos dias que correm. A polícia detém, o tribunal coloca na rua. Já viram quantos artigos destes mencionam que “os autores estavam já referenciados pelas autoridades”?
A responsabilidade morre normalmente órfã em tudo o que se passa na Madeira. Onde estão os governantes a assumir as suas responsabilidades pelas causas da insegurança?
O presidente já assumiu a responsabilidade pela pobreza?
Os deputados que disseram não à polícia municipal no Funchal já se demitiram das funções que ocupam?
O ex-vice do governo que culpava a CMF pelos assaltos, agora é presidente da CMF e culpa todos os outros. Este psicopata hipócrita não tem um pingo de vergonha na cara?
Já ninguém está seguro nesta terra?
A Junta do Monte é assaltada, o homem de Santo António diz que o Bairro de Santo Amaro é um passadiço de droga para onde os moradores nem olham, porque arriscam-se a levar um enxerto por meterem o bedelho.
No meio de tudo isto, não há governo. Aliás, conhecendo o seu modus operandi, a culpa dos assaltos ainda será de Lisboa. Aguardem!
Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 14 de Novembro de 2022
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