Verdade ou consequência?



Um jornal que existe para manter o poder e favorecer
o seu proprietário, será um poço de informação ou propaganda? 

B om dia, não sou advogado de defesa do CM mas já fui um perseguido pela política por ter opinião, com assédio no trabalho, a marcar passo na carreira com todos os novos do PSD a passar à frente, a ver um assunto de expediente público a ser "destratado", ignorado, a "amarelar" para lixar o "gajo". Até com a saúde chega a vingança. E tudo começou com uma carta do leitor à qual pedi anonimato, justamente a me queixar do destrato. Anonimato que também é possível se os jornais cumprirem com as regras. Senhor Miguel Silva, isto já está a começar mal, não é verdade? O mundo vendido como moralista já virou ao contrário. Farto, continuo a dar opinião anonimamente, o que vale dizer que não convenço ou desconvenço as pessoas pela minha cara mas pelo que escrevo, pelo argumento. Sei que os likes são genuínos e não para agradar ao chefe. Hoje li o seu artigo do JM, em anexo, e tenho muito para dizer. Uma pergunta:

Senhor Miguel Silva, ponha-se na pele de quem escreve consciente do que é o ambiente político na Madeira e os interesses do seu jornal, diga com franqueza, para onde se envia um texto com verdades? Um texto enviado para o JM, pedindo anonimato mas devidamente identificado, que fosse factualmente duro contra o Governo Regional ou a AFA seria protegido pelo JM dos seus proprietários e interesses? Aguentaria a pressão dos que querem saber quem foi? Caro senhor, nesta terra, uma critica não fomenta uma solução, antes querem saber "quem" para eliminar! E então, nesta Madeira em que vivemos conseguia manter o anonimato? Para onde quer que se mande textos? Não se faça de ingénuo e honrado! Não acho que tenha sido o CM a criar o problema mas sim a solução. Os jornais só recebem textos da treta!

O problema do CM não está nos seus conteúdos porque, quem vive fora do estado de graça, conhece a realidade como é, o problema do CM é a quantidade de pessoas que o leem, com os jornais a "cair" porque são só propaganda, depois de tanto investimento e esquemas para controlar a informação na Madeira. Vai da perceção de verdade de um lado e outro. O jornalismo silenciado não pode reunir toda uma vivência diária nas mais diversas áreas. Os jornalistas escolheram estabilidade financeira e preteriram o jornalismo, a única lama é a dos jornalistas querendo ser credíveis e render para os patrões com eleições a porta, se não rende não vale a pena comprar a comunicação social. O jornalista, arrogante com o seu estatuto, não vê quanto sofrimento pode ir atrás do anonimato devido ao regime que defende, nem a melhor utilidade do que muitos textos quando comparados com o que aí vai nos jornais bajulatórios.

Os maiores prevaricadores tendem a se manifestar como os maiores honrados e até ameaçam, "Putins", tal como os mais exigentes são os que primeiro falham quando as posições trocam. A génese e forma como se corporizam projetos dizem muito sobre a natureza que perseguem. A forma e valor pelo qual foi vendido o espólio do Jornal da Madeira, o administrador itinerante entre jornais, antes e depois com passagem pelo governo, a forma de financiamento, os proprietários, a forma como os jornalistas Miguel, Agostinho e Edmar abandonaram o DN (quando este era livre) para entrar no JM projeto político, o lote de gente homologada para falar e escrever no JM, até a cor dos cartazes dos eventos do JM que padecem da mesma doença da CMF (link 1), são alguns elementos que conferem telhados de vidro para quem deseja falar de idoneidade. Há muita promiscuidade entre o jornalismo, o poder político e os oligarcas, deveriam explicar como organizam viagens ao Governo (link) com notícias incluídas, é idóneo?

De um jornal sujo, não se tiram folhas limpas. As discordâncias escondidas nas acusações são medo das redes sociais, a democratização da informação, as pessoas já não leem o que lhes é imposto pela imprensa, o universo cresceu e é expansivo; a perda de poder dos jornalistas como agentes de informação é latente quando ainda por cima não se dão ao respeito nem são isentos. Concordo que as eleições trazem sempre a boataria e situações que não são verdadeiras, mas quer fazer um jornalismo de investigação isento? Para saber quem é viciado nisso? A resposta é o poder. Agora não são, apenas, os jornais que orientam a informação, há mais concorrência e vinda de onde não esperavam, quando era suposto controlar tudo.

Qual o órgão de informação que não é afeto aos caprichos do PSD nesta terra? Qual o órgão de informação que não pertence a um oligarca Ramos, Sousa ou Farinha? Quais os jornalistas que não se autocensuram para não sair do estado de graça? Qual o contraditório da comunicação social toda do lado do PSD e o porquê de haver anónimos? A autocracia que persegue não gosta da solução? Pensassem antes!

Os jornalistas na Madeira vivem noutro mundo, o meio promíscuo tornado normal parece que os cegam, não sabem qual o seu atual estado de idoneidade perante a quantidade que se transforma em assessores de imprensa (link), acham que as pessoas por estarem caladas, a medir os seus interesses, não notam os fretes que fazem nos jornais para condicionar o voto, para cair em graça e serem premiados? Os que deixaram de ser jornalistas para se perfilarem pelos interesses dos proprietários dos órgãos de comunicação social, principais beneficiários da "democracia" em que vivemos, estão sempre num pedestal impoluto. Parece que vamos continuar a viver a peça de teatro porque conseguem manter o povo distraído ou com uma cenoura em riste, sem mais remédio, com a novel "democracia económica" que coloca candidatos inválidos para o eleitor escolher. 

A riqueza que comprou o seu jornal significa pobreza na ilha!
Perseguições às opiniões livres!

Quem se sente mais livre do que os outros é quem tem um vencimento para enganar os madeirenses e vive sem problemas na vida e na consciência!
Quem está ao lado do regime, que persegue fala rijo, está respaldado pelo mesmo, que nunca acabe nem precise do CM.

Passaram décadas a eliminar pessoas por delito de opinião. Passaram décadas nas negociatas da penumbra, gerando negócios chorudos que originaram oligarcas milionários que tudo compram, de todo o "anonimato dos esquemas" só a monumental dívida é que deu a cara para pagar. Há gente que mais valia estar calada e passar despercebida, gente que até com os colegas foram falsos e mentiram por um lugar ao sol, obreiros da destruição das réstias titubeantes da comunicação social. Quem sabe, talvez fosse hora de contar como alguns elementos destruíram o último órgão de comunicação social idóneo da Madeira, para acabar com os falsos moralismos.

A plataforma do CM foi inteligente quando começou a colocar documentos e links a completar o que se escreve, a partir daí a critica fácil das Fake News caiu por terra, até porque ninguém faz notícias mas comenta o que vê.

Não fosse o anonimato e o senhor Miguel Silva poderia ter evoluído numa sociedade verdadeiramente marcada pelo Nazismo a partir da Segunda Grande Guerra, fácil é falar de boca cheia respaldado pelo poder económico e político que minou a democracia na Madeira. Não creio que as pessoas que mandam textos para o CM sejam beneficiários do regime, que só vive para os seus sem oportunidades para os restantes madeirenses. Ser um espertalhão a desafiar no bem bom pode resultar mal, porque nunca se sabe se até o próprio PSD ou o seu patrão escrevem no CM. Já pensou nisso? Deveria ser inteligente e perceber os toques ... até os jornalistas deveriam contribuir para acabar com o gozo que é cada edição dos jornais lambe-botas.

Ontem, a Ucrânia e o Ocidente festejaram a conquista de Kherson e quem estava para receber a coluna de militares ucranianos na cidade, para além da população, foi a Resistência, os anónimos que foram heróis a manter a chama da Ucrânia no meio dos russos. O senhor Miguel Silva está do lado fácil dos opressores e tem jogo de cintura para mudar se houver necessidade, o sentido pejorativo e falta de alcance que dá ao anonimato não creio que seja sintoma de mudar de lado. Dedique-se ao jornalismo de investigação numa terra a cair de podre, enquanto jornalista, e não de atrevido colaboracionista do regime. Alguma credibilidade que tinha, por alguns textos, caíram hoje quando decidiu mostrar serviços de lealdade.

Pelo que me é dado a ver, não são os jornais que estão a crescer nas leituras, eu suspeito que no CM estão sair factos que os jornais não podem dar, a mostrar o lado lunar dos "ases" intocáveis do regime encomendados para a Presidência do GR. Os oligarcas são só "grandes empresários", não oligarcas com monopólios, negócios seguros concessionados, ajustes diretos, financiadores do partido, agentes anónimos de sabotagem da democracia colocando os seus políticos para serem eleitos. Chegamos a um momento em que o Presidente, o maior da oposição e o edil pretendente tanto faz aos oligarcas ... e os jornais protegem isto, estão no mesmo interesse. Vem falar de idoneidade e anónimos senhor Miguel Silva? Com governantes amestrados, deputados colocados, líderes partidários amorfos e que foram empregados de oligarca, não me diga que os oligarcas também têm anónimos?!?!?! Esses que "ganham rijo debaixo de uma máscara", os mandaretes. Vamos chegar às Regionais com os partidos destroçados por vendidos dos oligarcas e, sem mais opção do que votar Albuquerque, isto está tão inquinado que se perdesse (o Albuquerque) os oligarcas ganhavam na mesma, com outros políticos ou com a economia aprisionada. A nossa democracia foi tornada uma palhaçada, tanto quanto o jornalismo. E fala do anonimato de um blogue? Coar mosquitos e engolir camelos!

Se o senhor Miguel Silva fosse inteligente e jornalista saberia enviar para o CM aquilo que nunca pode publicar no JM, o que é "fake news" por ser terrivelmente verdade e absurdamente inconveniente. A malta não é parva, pode é engrenar na máfia, quando quer e por interesse pessoal.

Senhor Miguel Silva, aceito que tenha subido na consideração do seu patrão e do governo mas dos leitores livres não, já deve ter percebido que cada vez mais desistem de ler jornais do regime. O senhor Miguel Silva sabe que a comunicação social criou uma bolha onde falam sempre os mesmos, numa ilha artificial que só zela pela vinda de estrangeiros com a promoção de assuntos e negócios do oligarca, um dia, os madeirenses estarão todos fora da ilha, emigrados, para lá irem visitar de braço dado com os políticos com aquela empresa de eventos, viagens e notícias (link)!

Senhor Miguel Silva, onde é que a guerra Calado e Albuquerque que vocês omitem vão colocar as bocas subliminares? Ponho-me a pensar e, atendendo ao jornal que é, e os seus donos, tento perceber qual é o propósito do seu texto. Parece-me encomenda. Claramente um recado. Para quem? Para dentro do partido situacionista? Por causa dos críticos a Albuquerque e/ou Calado? Para os "inimigos" externos? Por causa daqueles que usam as redes sociais para denunciar? Para o fenómeno plataforma Correio da Madeira,  tipo advertência a mando de quem encomendou o artigo? Tenho para mim que só nos próximos tempos, dependendo do que for fazendo o jornalista, o jornal, os governantes e o PSD, se clarificará melhor o intento deste escrito. Honestamente não sei bem o que pretende sabendo que existe delito de opinião na Madeira! O comentário está a substituir as notícias mastigadas de assessores e agências, iguais em dois jornais.


Nota do CM: quando a plataforma nasceu pretendia trazer à luz do dia a opinião das pessoas comuns, sem estatuto. Nasceu pela opressão do autoritarismo. Cresceu, acreditamos que agora escrevem todos, muito mais do que o cidadão comum. É sinal de que até gente mais poderosa não pode falar sem filtro, apesar de lhes apetecer.
Enviado 
por Denúncia Anónima.
Sábado, 12 de Novembro de 2022
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