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| "in Diário de Notícias da Madeira 16/01/2023" |
O título da primeira página do DN Madeira de ontem, em letras garrafais, não podia ser mais preocupante para as famílias madeirenses. Digo isto porquê? Porque como o título indica, ao que parece, as Câmaras Municipais da Madeira são das mais incumpridoras no que toca a pagar as suas contas (dívida) nesta área, mas experimentem (particulares) passar um mês sem pagar à Câmara Municipal a conta da água que levam logo com o dobro do valor para pagar, por "relache" e até sujeitos a uma taxa ilegal de justiça que só os Tribunais podem cobrar, pois uma câmara municipal não é um agente judicial nem nenhum Tribunal para cobrar taxas de justiça.
Mas não é este para já o meu foco.
Escrevo hoje para vir lamentar que as autarquias devam milhões de euros à Empresa de Electricidade e que estes não coloquem os seus funcionários à porta das autarquias após três ou quatro meses para cortar a electricidade, como acontece com os clientes privados (pelo que ouço dizer).
Por vezes, as famílias passam dificuldades e, para pagar os custos fixos, cortam no supermercado, inclusive na comida. Quando têm dificuldade em pagar os custos fixos, significa que neste momento a inflação, os monopólios, a inação da ARAE com seus amigos, o modelo económico do governo, a gula dos supermercados, etc, "venceram". Há a hipótese de pagar os custos fixos e ir pedir comida, "aumentando" o sucesso do GR.
A EEM é forte com os fracos como todos aqueles que minam as instituições por tachismo, forte com os fracos para mostrar serviço e manter a cara, dá-se ao "luxo" de dizer se não pagas tenho o alicate nas mãos para cortar o fornecimento de energia, mas a uma Câmara Municipal o tratamento é diferente, porquê? Porque vai dar confusão, vai meter advogados e o resultado é que os tachistas ficam mal vistos e no futuro perdem cotação para novos tachos? Madeira gere-se com estes medos.
Se têm boa memória, já vimos condescendências graves de milhões na electricidade com o Marítimo, poupou para comprar jogadores a granel para o negócio das rendas do ex? Também o Governo Regional, o PSD Madeira, etc, o que leva a crer que a EEM, empresa de imensos truques e tachos, de tanta coisa por explicar e que, quando explicam, dá vontade de rir ... como a cena da lagoa do Pico da Urze (link), sofre de uma dualidade extrema. E reparem que a lógica acaba sempre em criar condições de ser insuportável viver na Madeira. Baixos rendimentos, tachismo exibicionista de administradores, bolhas imobiliárias, custo de vida mais caro devido aos monopólios + a inflação ...
Precisamos de líderes e oposição que reorganizem este ambiente, falar verdade, reorganizar e acabar com as injustiças, dar o lugar aos mais capazes de bom carácter, porque eles saberão o melhor lugar para todos e não organizar uma matilha de medíocres e incompetentes que também existem na EEM, um covil de famílias do poder para ganhar acima da tabela do governo.
Porquê cortar a electricidade a um cliente que deve 200 ou 300 e não cortar a uma autarquia que deve milhões? Na Covid havia crise e agora não há? Nem saímos de uma crise para nos metermos noutra (link). Aumentaram os rendimentos das famílias ou ficaram com o dinheiro que cobraram a mais nos impostos com a inflação? Qual o critério de avaliação dos Srs. Directores da empresa EEM entre um e outro cliente e suas dívidas?
Será que uma dívida de milhões de euros é mais fácil de negociar do que uma dívida de algumas centenas de euros? Ou isto é como nos bancos? Um grande devedor é um senhor e um pequeno um "merdas" e penhora-se?
A facturação e a factura da EEM é sede de muitas injustiças ao longo dos tempos.
Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 17 de Janeiro de 2023
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