Os fascistas do século XXI


N o dia da Liberdade, assistir às Assembleias da Madeira e da República na RTP-M é, como disse Albuquerque, "constrangedor". Constrangedor por ver que existe toda uma direita saudosista do fascismo. Constrangedor por ver que partidos nascidos da Liberdade de Abril são, por esta altura, declarados inimigos dos seus valores democráticos. Constrangedor por ver que até uma simples flor é uma declaração política que se recusam a utilizar, em posição de bloqueio daquela que é a celebração da liberdade usufruída no país, apesar dos seus problemas, e que teima em não se assumir na plenitude na Madeira.

Os saudosistas do Salazarismo bafiento atingem perigosamente toda uma esfera política e não apenas aqueles que se dizem antissistema, demonstrando uma queda grave dos valores democráticos que se querem na sociedade regional e nacional, e que, apesar dos persistentes tiques autoritários de quem nos governa por cá, vão sobrevivendo precariamente. 

Fica a dúvida: não fosse Portugal um país democrata inserido numa Europa que não esconde a preferência por democracias, e teriam estes nossos governantes a mesma desfaçatez em manter a fachada da democracia? Não fossem os rios de dinheiro enviados para cá que lhes permitem fazer vida burguesa e enriquecer os amigos, e haveria ainda a máscara da democracia? Cada vez mais o discurso deste PSD aproxima-se dos delírios de Jardim sobre a independência da Madeira. A obsessão do inimigo externo para esconder toda a incompetência e o DESVIO de dinheiro dos madeirenses para os DDT aproxima-se, cada vez mais, de um chinfrim por uma independência ruinosa a todos os níveis, porque a Madeira, por muito que tentem dizer o contrário, não é sustentável, depende do dinheiro português, da proteção portuguesa, da democracia portuguesa.

Não me revejo, e penso que falo por (quase) todos os madeirenses, nesta postura independentista e pouco autonomista de quem atribui tudo o que de mal se passa a outros, quando têm responsabilidades diretas. Não me revejo nesta forma de fazer política que não assume erros nem defeitos, mas que os vê em tudo o que outros fazem. Não me revejo, acima de tudo, num governo que despreza aquilo que foram as conquistas do povo, o povo que derramou sangue e suor, que perdeu pais, filhos e irmãos.

Neste dia, importa gritar bem alto:

Abaixo o fascismo!
Viva a Madeira!
Viva Portugal!
Viva o 25 de Abril!

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça feira, 25 de Abril de 2023
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