Reflexões de um dia de Abril atipicamente quente


Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta. Einstein

Einstein sempre um passo à frente do comum mortal. Senão vejamos:

E stamos em Abril e, segundo rezam os costumes: “chuva de Abril enche o alqueire e o barril”. O mais leigo dos mortais consegue perfeitamente perceber que, se não tivermos chuva brevemente, a colheita será muito pobre. Água precisa-se. Fonte de toda a vida é cada vez mais escassa. Mas não nos preocupemos porque o governo já construiu umas quantas lagoas, prepara-se para construir mais e…tchan, tchan, tchan, tchan… vai levar avante a construção do campo de golfe da ponta do pargo. Um investimento que, bem sabemos nós, é totalmente imprescindível e nem consume água nenhuma. Engraçado que se formos pedir disponibilidade de água para a agricultura a resposta é: não há. Sem stress. Quando não houver comida para cultivar vamos todos para o campo de golfe mascar relva. Einstein tão á frente no seu tempo!!

Não tem muito tempo foram gastas algumas patacas para, supostamente, reflorestar as nossas serras (veja-se o Montado da Alegria, lindo de morrer e infestado de eucaliptos). Ora, sabemos todos muito bem que qualquer planta que se preze (até os espinhentos catos) precisam de alguns cuidados. Não é só meter à terra e deixa andar. Maioritariamente o que sobreviveu destas plantações foram os espetos em ferro e as proteções em plástico. Mas também que se lixe, nem faz falta nenhuma aquelas gotinhas de água que ficam retidas nos arbustos e são absorvidas pelo solo aumentando o nível dos lençóis freáticos. Quando não houver água nas torneiras vamos todos para o campo de golfe mascar relva. Einstein, bota infinito nisso!

A estrada das ginjas avança ou não? E o teleférico do Curral é para quando? Queremos nós natureza virgem para quê? Vamos lá embora rebentar com isto tudo porque o Pico do Areeiro já se mostra insuficiente para o novo turista acampar. Começámos por descaracterizar todo o nosso litoral, oferecemos aos grandes capitais grande parte da nossa orla marítima, ao ponto de vivendo numa ilha quase nem termos acesso ao mar. Permitimos e continuamos a permitir alta densidade de construção em determinadas zonas da Ilha. Terrenos férteis estão a ser alienados para construção… muito mais poderia dizer mas não vale a pena. Einstein tinha e continua a ter toda a razão do mundo e arredores. 

O Planeta tem dado sinais, a natureza tem alertado. Continuamos surdos, valorizando o que não tem valor nenhum. Um dia mataremos por umas gotas de água e uma nesga de sombra e, lamentavelmente, esse dia já esteve mais longe.

Para terminar, um dos maiores cúmulos que ouvi recentemente: consta que a nata das natas, o crème de la crème, em segredo absoluto resolveu construir uns bunkers para o caso da guerra na Ucrânia tornar-se em guerra mundial e assim sobreviver à destruição. Desculpem a minha impertinência, mas estas almas querem sobreviver para quê? Em caso de destruição maciça não ia sobrar ninguém minimamente capaz para suprir as necessidades mais básicas desta gente. Mal saíssem do bunker estavam mortos pois nem um copo de água sabem onde ir buscar. Grande Einstein, até tu sabias disto com muitos séculos de distância.

Mantenham-se CM. Muitos os admiram mas muitos mais os temem porque a verdade hoje é uma das armas mais poderosas!

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça feira, 11 de Abril de 2023
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