A falsa renovação na JSD Madeira


M uito se falou numa renovação da JSD Madeira, mas o que se viu foi mais do mesmo, ou pior. O que se vendeu como mudança acabou por ser apenas a consolidação de um grupo fechado, onde só se mantêm os amigos do Bruno Melim. A renovação, na prática, serviu para eliminar todos os que lhe podiam fazer sombra.

Dinis Ramos, André Alves, Jéssica Faria e Vítor Abreu foram todos afastados ou apagados do mapa. Podem ter opiniões diferentes, podem não alinhar na mesma linha, mas tinham trabalho feito e presença política. Foram simplesmente riscados. O critério parece ser simples: ou se é vassalo do líder, ou não se conta para nada.

É preocupante ver este tipo de postura numa juventude partidária que deveria ser espaço de debate livre, crescimento político e formação de ideias, não de culto de personalidade.

Ainda mais incompreensível é a ausência de António Santa Clara. Um jovem que se tem destacado nos seus comentários no Diário de Notícias da Madeira, com uma análise política séria e com impacto no espaço público, inclusive a nível nacional. Alguém com essa capacidade devia ter lugar de destaque, mas talvez pense demais por conta própria, e isso parece ser pecado na estrutura atual.

Haver vamos, como se costuma dizer. Mas se a JSD não mudar de visão, de práticas e de liderança inclusiva, vai continuar a ser apenas mais um braço obediente do partido, sem alma, sem debate e sem futuro.

Enviar um comentário

0 Comentários