2 de maio, Dia dos Vadios.


H oje é Dia dos Vadios, instituído por mim Lúcifer, aquele dia a seguir que muito custa chegar ao trabalho depois de unir o 25 de abril ao 1º de maio... e lá se chega tarde na função pública, como uma extensão do grande trabalhador premiado com nota excelente, promoções e quando não há promoções passa a lugar mais bem remunerado. Daqueles que saem em trabalho para Lisboa e estão em cruzeiro algures. Há grandes façanhas nalguns trabalhadores da função pública.

Isto está reles para um bom trabalhador do regime. Depois de chegar ao posto de trabalho onde está sempre ausente, há mais uma atitude proactiva para ver se melhora a vontade de trabalhar, assim que se chega vai-se ao café com os amigos protegidos, também tachistas, colocar a bilhardice em dia e perceber se houve algum que conseguiu mais convites do que outros para os Xutos, isso significa ficar para trás na hierarquia. É o ensinamento que aumenta a esperteza para a próxima vez, deixando mais representantes do Dia do Trabalhador na rua.

Quem está a trabalhar bem para ganhar eleições é o bispo, embutido no marketing do PSD. É natural ou estúpido? Esse bacalhau à Brás está para Calado, tal como Jardim esteve por Santana dentro. Quem não se lembra do convite desestabilizador do segundo ao primeiro para o Jornal da Pérola daquele tempo. Deveriam ser reconhecidos os casos de abusos sexuais da política na Igreja e organizar uma comissão para averiguar as décadas em que a Igreja está a ser sexualmente abusada. Talvez assim não faziam como a Polícia e a ARAE a descarregar nos pequenos. Neste Fim de Semana, apareceu aquele padre sem seminário, o fúnebre ou de velinha entre as pernas que põe a cidade virada do avesso, todo caladinho a papar os tempos de antena da Igreja, deveria dar a cara para os casos de pedofilia, já que o bispo não usa esse tempo de antena. Duas batinas laranja fluorescente por favor.

E porque um diabo fica intelectual no dia seguinte...

Não li livro nenhum mas copiei a sinopse, o que faz de mim um trabalhador premiado com bilhete para Xutos, talvez no concerto da Quinta Vigia, logo mais acima.

A obra de Francisco Moita Flores é uma farsa política de grande actualidade, onde o humor e a ironia conduzem o leitor na estonteante caminhada de um grupo de velhos amigos que se junta e cria um partido político para concorrer às eleições. (ó carago! Se não passou a diabolização ao Sérgio Marques até tremem com esta sinopse). A acção decorre depois de Portugal ter atingido a bancarrota e os seus governantes e opositores se encontrarem em permanente desvario. É neste cenário singular que surge o PUN, um jovem partido que aborda as eleições pelo lado mais absurdo e inesperado, complicando cálculos e sondagens. A Opereta dos Vadios apresenta sequências narrativas verdadeiramente hilariantes e confirma Francisco Moita Flores como uma das vozes literárias de referência no panorama nacional. Já me sinto o gordinho, que está efetivamente em todo lado e ainda a comentar tudo o que mexe nas redes sociais, mas que ainda arranja tempo para as leituras. É um caso de tempo fêmea, como outros têm o mesmo problema com o dinheiro. Eu cá deixo link de como copiei!

Termino, como não poderia deixar de ser em qualquer gordinho comunicacional e intelectual, com uma música. Dedicado aos patas rapadas, Dia de São Receber na "puta da minha vida". Ainda ninguém pensou que é tempo de exigir melhores salários na Madeira? Lisboa a ferro e fogo e a Madeira é zona de ricos com Ferrari e da Inclusão que deixa à porta. Ai povinho enganado.

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