Ainda vão reproduzir madeirenses na Estação Zootécnica


Os meus cumprimentos ao CM e seus leitores.

S abemos, com dados concretos, que o número de madeirenses está a diminuir. Apesar de vermos muita gente, muita dela é estrangeira e está a rodar no tal turismo massificado, alguma é residente. Durante todo este tempo que entramos na União Europeia, e depois de milhares de milhões em subsídios, nunca foi dada a devida atenção para emancipar a população. Isso consegue-se com o elevador social munido de educação, rendimentos, autonomia e liberdade. Infelizmente, e ninguém pode negar, a riqueza criada foi mal distribuída e, por muito que custe ouvir, somos escravos. Quantos de vocês tem liberdade para mudar de vida? O que vos prende? A responsabilidade com a família, o silêncio sofredor no emprego possível? Nos fracos rendimentos associados a caridades?

A pobreza é intencional e é por avareza. Os jovens veem e quando acabam a sua formação nunca mais voltam, não repetem os erros dos pais, sabem que este lugar não serve para ganhar a vida. Porque fingem todos?

A Madeira é boa para se viver mas não é boa para se ganhar a vida, a menos que estejas a bem com o poder com um tachinho ou empresa, venhas de fora, assim tipo nómada digital ou com uma vida ganha lá fora para gozar a reforma aqui, portugueses e estrangeiros.

Todas as histórias bonitas desta terra não servem para nada se a sociedade, num todo, não se elevar, não podemos continuar assim com madeirenses de primeira e madeirenses de segunda, conforme a cor politica. Não pode haver gente que decide marginalizar os outros com a expressão "antes nós do que eles", é uma equação nada democrática que leva a política até a capacidade de excluir. A política e a democracia não existem para isso, são um meio para nos organizarmos e não um meio de negócio para meia dúzia.

Alguns, são tão "agarrados" ao dinheiro que entra na Madeira, que passaram a ser os nossos inimigos externos cá dentro e levam tudo. Enriqueceram, compram, querem mais e mais. Como têm muitas empresas crescidas à sombra do dinheiro público e do governo continuam a escravizar. Há massificação, há vistos gold e há uma nova casta de estrangeiros mal pagos nos serviços, aos quais os madeirenses disseram basta de exploração. Tudo isto está errado. Está a piorar.

Ontem vi uma peça da RTP Madeira sobre o aniversário do concelho de Santana e o que diziam as pessoas? Falta gente! Santana é um laboratório da Madeira real. A política divide os madeirenses, uma parte emigra, as famílias não se reproduzem e já quase não casam, para no caso de haver um problema financeiro com algum, não descompensar a família toda. Isto já é instinto de sobrevivência. Estamos a substituir madeirenses que não nascem ou emigram por "vistos gold" e com estrangeiros mal pagos no turismo. A massificação vai encher mais tendas do que hotéis. Sinceramente, não vejo nenhuma estratégia para a Madeira a não ser encher os bolsos dos mesmos.

Nesta alegre festa do sucesso, estamos em várias crises, muitas, sucessivas, na minha opinião e olhando para Santana, está no tempo de Miguel Albuquerque, em campanha, anunciar que vai recriar mais uma nova raça autóctone chamada "madeirense", para reproduzir na Estação Zootécnica da Madeira.

A Madeira precisa de um período de esquerda que modere tudo isto, eles nunca vão parar, querem mais, mais e mais, sempre a inventar como sacar e lamentavelmente a população não acorda. Precisamos urgentemente de uma revolução social, senão isto será uma colónia de férias.

As festas estão a distraí-lo, comece a pensar na vida.


Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 27 de Maio de 2023
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