Convite aos candidatos que pausam a colaboração na comunicação social.


Este texto é da Plataforma do Correio da Madeira e é um convite.

C omo devem saber, segundo o artigo 5.º, n.º 3, da Lei n.º 72.º-A/2015, existe uma obrigação sobre "os órgãos de comunicação social que integram candidatos ao ato eleitoral como colaboradores regulares, em espaço de opinião, na qualidade de comentadores, analistas, colunistas ou através de outra forma de colaboração equivalente, de suspenderem essa participação desde o início do período de campanha eleitoral até ao encerramento da votação".

Como também é do conhecimento geral, "a propaganda é livre e pode ser desenvolvida a todo o tempo, fora ou dentro dos períodos de campanha. As únicas proibições existentes são a afixação de propaganda em determinados locais e o recurso aos meios de publicidade comercial. (...) O apelo ao voto é possível a todo o tempo, fora ou dentro dos períodos de campanha".

Ter um espaço periódico na comunicação social é uma oportunidade de comunicar, de criar notoriedade, alguns usam para estar em graça ou se promover. No entanto, talvez na altura mais importante, durante a campanha eleitoral, os candidatos ficam sem "palco" e submetem-se até à falta de tempo de alguns meios para cobrir todos os partidos.

Todos nós sabemos que o Correio da Madeira não é visto por quase ninguém e que promover a Opinião Pública é um delito de opinião. Este convite é franco, mas até nós reconhecemos que depois de tanta diabolização é inusitado, mas apetecível, vai avaliar o QI dos candidatos.

Todos nós também sabemos que a comunicação social vai respeitar a neutralidade e imparcialidade, com o objetivo de fornecer informações e análises objetivas e imparciais aos seus leitores, contemplando uma cobertura homogénea de todos os partidos candidatos. Também sabemos que a comunicação social vai evitar escrupulosamente o conflito de interesses. Por seu lado, o candidato também pode considerar que deve preservar a sua imagem nos órgãos oficiais, evitando que as suas opiniões e escritos sejam mal interpretados ou utilizados contra ele próprio durante a campanha eleitoral. Em abono da verdade, um candidato assim não esclarece o eleitor.

O Correio da Madeira é uma plataforma de opinião pública, não somos um órgão de comunicação social nem estamos ao abrigo do artigo 5.º, n.º 3, da Lei n.º 72.º-A/2015, por esta razão, convidamos todos os candidatos de todos os partidos (que vão deixar de escrever em órgãos de comunicação social porque vão ser candidatos), a escrever a sua opinião sobre assuntos desta Região no Correio da Madeira.

Pensem, consultem os colegas e até outras forças partidárias, venham juntos ou por iniciativa pessoal, vejam se os órgãos de comunicação social ficam "ciumentos" ou "atraiçoados", avaliem o que propomos e a "miserável" divulgação que temos, vejam se têm tempo, vejam no jogo de quem é que caem e decidam. Depois das eleições cada um faz o que desejar.

Nota: você que sempre foi livre, mesmo que não seja articulista, apareça!

Correio da Madeira

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