Desvaneceu um jornalista no meu respeito.


O s jornalistas exasperam com as Regionais. Tornaram-se burgueses ou gostam do texto feito lá da agência e dos assessores? Foram os únicos não visados. Será que o Regional já chateia e bom é Londres, Jersey, Venezuela, África do Sul, EUA, Canadá ... A lenga-lenga dos cadernos das fortunas dos encartes, que ninguém lê, não mereciam um destaque? Os escribas de regime e causa própria? E o pró-forma do dinheiro em caixa? Pena não haver um MediaRAM da oposição. Como serão outras democracias adultas, sem narrativa única e poder há 47 anos? A oposição também maça? Senti que mais uma vez o poder dominante entrou e destruiu tudo.

Será que não teve coragem de dizer que a oposição não tem qualidade ou que "o que está a dar é poder e oligarcas"?

Nós gostamos de estilos, de franqueza, de qualidade, pelo menos alguns mais seletivos naquilo que veem e ouvem. Vemos alguns programas de TV, lemos algumas crónicas, artigos e notícias de alguns jornalistas ou de gente isenta e com capacidade, porque notamos a sua qualidade ímpar. São nossa referência. O meio jornalístico da Madeira é cada vez mais feito de jornalistas estagiários baratos, a adquirir a experiência de maus exemplos, tal como a nova geração de políticos achou que o parlamentarismo era berrar, abalroar, ser mal educado, etc, porque os mais antigos são assessores e porque os empresários que temos não se importam com a qualidade, querem carne para canhão que faça o trabalho barato, a vez, porque a montante está tudo controlado. Os jornalistas da casa sabem e por vezes os seus suspiros maçados dizem muito mais. Os jornalistas já parecem os profissionais do turismo, não gostam nada do que fazem mas ganham dinheiro.

Os jornalistas na Madeira tornaram-se burgueses, estão perto do poder, andam com eles, conferem com eles, passeiam-se com eles, têm objetivos comuns e urdem ataques à oposição que incomoda, até aos escribas da própria casa. Fazem a corte e os fretes aos oligarcas seus "proprietários" e, depois da democracia é o 4º poder a sucumbir.

É um facto que a nossa oposição poderia ter mais qualidade, mas a própria comunicação social é a primeira a queimar tudo o que deite a cabeça de fora com mais qualidade, ao serviço do poder. Reparei que no meio daquele texto há um momento enigmático, a comunicação social não faz jornalismo de investigação, não toca no poder e parece que até tem raiva de quem disponibiliza a papinha feita para trabalharem. Os pedidos de documentação que ninguém lê já deram origem a rusgas, numa Justiça e Autoridades que não se mexem se não houver queixas. Parecem a anedota da cama e dos alentejanos para fazerem um filho. Que me desculpem, eu respeito-os.

São imensos aqueles que sem saída, vendo o sucesso dos vendidos e o atoleiro em que eles próprios se meteram, sucumbem aos jogos de poder e passam a estar ao seu serviço. É fácil e seguro dizer mal da oposição porque não traz problemas nem perseguições, não se sai do estado de graça para uma benesse que sonhamos. Mas, sempre fica aquela colisão interior, na consciência. Não se entregaram ao Jardim Hard mas entregaram-se ao Albuquerque Light. Que valentia.

Porque hoje é domingo li, tenho mais tempo, se era outro dia de semana não o teria lido e um jornalista não desvanecia. É aqui que penso que fez questão em se exibir no dia de mais audiência, para ser visto num jornal que vai decaindo em leitores, muitos já perceberam que morreu em propagandas e destaques, no respeito pelo dinheiro público que o sustenta e das figuras das mais diversas secretarias que pagam, pela atenção que se deve aos interesses dos proprietários que, por serem fraca gente, se exibem em causa própria. E os ingleses não prestavam, afinal os ingleses, neste caso, tinham nível.

Hoje vi um outrora corajoso jornalista sob asa dos ingleses que dizia as verdades das pedras furtadas a se tornar num jornalista burguês contra a "escumalha" da oposição, que chateia, não tem qualidade, adicionando, com um piscar de olhos o disfarce, os partidos importantes na boa graça dos dois oligarcas que têm poder a mais, um é Presidente Efectivo sem hora de burro e outro provoca o nível de vida que quiser aos madeirenses, através da entrada de todos os produtos.

Na Madeira escrutina-se totalmente a oposição e fica quase tudo por fazer com o poder. Na Madeira riem-se da divulgação dos órgãos de comunicação social nacional que fazem o trabalho por eles, num riso agridoce de desvalorização. Vamos pessimamente mal de jornalismo na Madeira e eles já não têm vergonha, convenceram-se que é isto que andam a fazer. Depois elogiam figuras internacionais como exemplo, tal como destacam emigrantes que venceram no estrangeiro, por serem madeirenses de qualidade. Porque nunca é aqui? O que mata e enterra a qualidade? A mediocridade! A falta de oportunidade. A terra do betão, alcatrão e a fazer camas.

Mas o Vítor tinha que aparecer para facilitar as coisas, faz figura de que não pesca nada ao dar imagens a pescar, em dia da semana, porque tem poderes para isso, se está de férias, percebe-se porque é que o PS-M anda tão ausente. As eleições não dão trabalho a um partido que em 47 anos de Autonomia nunca ganhou, nem se pica com isso.

Mais do que o deslize, de que não ligam muito à política, tendo tanto por fazer, sobretudo o PS-M, a ideia que passa é de que não "pescam nada" e até ajudam com deslizes contra o seu partido. É tradicional. Até parece que gostam de que o polvo tenha todo trabalho porque lhes chega o charuteiro. Depois de 47 anos anos de poder, o PSD enraizou e cristalizou mas a oposição também se deixa ficar no bem bom por um excelente vencimento para não pescar nada. Dizem que o Governo não governa para os madeirenses? Nem a Oposição trabalha para eles. Ou muito me engano ou em vez do PSD ser o principal fornecedor de votos da oposição, vai ser o PS-M a sangrar tudo aquilo que ganhou de voto útil nas últimas eleições.

Venha o diabo e escolha! Só dá peixeirada.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 16 de Julho de 2023
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