F ala-se muito em pessoas vadias que só querem viver dos apoios sociais, seja através da Segurança Social, seja através das instituições. Mas questiono: quem são os mais subsídio dependentes? As pessoas ou as próprias instituições que dão apoio?
Vejamos, as instituições, muitas, nem todas, precisam dessas pessoas vadias para sobreviverem e continuarem a receber subsídios do Governo. Uma instituição sem vadios, fica às moscas! Agora pensemos com clareza: tanto que chamaram as pessoas de vadias que elas começaram a trabalhar! Com a inflação, aumentaram as ofertas de trabalho.
Umas trabalham na hotelaria, outras na restauração, outras na construção, mas estão a trabalhar. O que aconteceu? Alegadamente baixou o número de desempregados! Uma grande parte dos vadios que iam às instituições deixaram de ir, porque agora compram a sua comida no supermercado. Por isso, quem se especializou na entrega de comida ou quem só tinha comida para oferecer diz que a pobreza diminuiu!
Na Segurança Social também dizem que a pobreza diminuiu porque existem menos pedidos de apoio. O que está a acontecer afinal? As instituições que apenas entregam comida, ou que esse seja o único engodo para manterem os vadios nas suas instituições, estão a ficar sem “clientes”. E começam a ficar aflitas!
E é aqui que chegamos à conclusão de que as instituições são mais subsídio dependentes do que as pessoas que antes apelidavam de vadias. Porque as pessoas vadias encontraram alternativa, começando a trabalhar.
Se a pobreza baixou? Não! A pobreza não baixou só porque as pessoas agora não vão buscar a comida a muitas instituições ou recorrem à Segurança Social. (Na Segurança Social deixaram de ser elegíveis para os apoios por via do salário que agora recebem).
A pobreza não baixou porque agora as pessoas compram a comida, mas têm dificuldade em pagar a renda, o crédito habitação, as contas correntes, se tiverem um problema de saúde não têm poupança para recorrerem ao privado, por isso não têm qualidade de vida, porque estão doentes e as listas de espera no hospital e centros de saúde nunca mais acabam, etc, etc.
Basta analisarem o seguinte: a Câmara Municipal do Funchal só em rendas apoia 9000 famílias! Vejam quantas famílias são apoiadas também pelo governo para o pagamento do crédito habitação e quantas centenas deverão estar à espera de despacho para receberem. Vejam quantas famílias recebem apoio para pagar as contas da casa através das Casas do Povo e do programa Proages. Digam lá de sua justiça! Baixou a pobreza porque as instituições estão a receber menos pedidos de apoio?
Visionárias são aquelas em que fizeram da sua ação mais do que entregar cabazes de comida! Qualquer dia o Banco Alimentar da Madeira não precisa de ter portas abertas! E outras instituições também!
Vamos ser sérios quando se fala em pobreza! A pobreza disparou em flecha! Acabou a classe média! E na área social acautelem-se, ou inovam ou correm o risco de fechar portas!
Os vadios emanciparam-se!
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 13 de Julho de 2023
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