H oje li um texto sobre a Saúde aqui no Correio da Madeira que me despertou a curiosidade. Primeiro, julgo que o título do artigo está invertido porque não há saúde possível para a morte (link). Segundo, julgo que a pessoa que escreveu estava mal informada porque, segundo o que é público, apenas para meados de 2024 é que o portal do SESARAM estará outra vez ativo. Esperemos por esse dia!
Entretanto aconselho o utente a utilizar outros meios para contactar os serviços de saúde, seja por telefone, seja presencialmente no seu Centro de Saúde da sua residência, mas isso não invalida que não tenha alguma razão naquilo que expos.
Esclareça-se previamente que os problemas da Saúde não são exclusivos da Madeira, veja-se o caos dos Hospitais em Portugal que são notícias todos os dias na imprensa nacional, onde a Ordem dos Médicos e os Sindicatos do setor exigem direitos incompreensíveis ao cidadão comum.
Todos temos a perceção que da classe dos funcionários públicos, os professores, os médicos e os enfermeiros pertencem a uma classe estruturante que, em caso de contestação, provocam graves transtornos na sociedade e isso fragiliza a atuação política nestes casos.
Se na Madeira, o problema dos professores foi resolvido e por isso estão calados que nem ratos, debrucemo-nos então pela revolta dos médicos e dos enfermeiros. Antes de tudo, sou de opinião que tanto os médicos como os enfermeiros são mal pagos e deviam usufruir de melhores salários no serviço público. Ponto.
O que não posso concordar é que os médicos sejam tratados pelo poder político como “florezinhas de estufa” cada vez que espirram ou tossem. E a primeira questão que coloco logo é se o Privado paga muito mais porque é que não se dedicam em regime de exclusividade no Privado? Conheço muitos médicos que fizeram essa opção e que estão profissionalmente satisfeitos. Será que o Serviço Público iria ficar sem médicos? E se isso acontecesse porque não optar pelo incentivo à imigração de médicos de Cuba ou da Venezuela? Do mal, o menos porque já todos percebemos espanhol!
Em tudo isto fica por perceber a gestão pública do SESARAM, veja-se o caso caricato do controlo de assiduidade, mesmo depois de gastar milhões num sistema eletrónico de assiduidade, esse continua sem funcionar. Porquê?
Defendo por isso o regime de exclusividade no serviço público e não considero ético que alguns médicos utilizem o serviço público apenas para dirigir os doentes para a concorrência, ou seja, para o Privado. É mentira?
E que dizer do brio profissional? Conheço um caso de alguém que aguarda por uma pequena cirurgia e foi aconselhado no Centro de Saúde a se dirigir a um Hospital Privado porque senão corria o risco de esperar anos.
Repare-se que a Lei do emprego público impede que qualquer funcionário público opte por trabalhar simultaneamente no mercado privado concorrencial, mesmo com a autorização do Secretário da Tutela, mas parece que no caso dos médicos isso nem se coloca.
A continuar assim é a morte da Saúde!
Se for do interesse do CM, agradeço a publicação
Obrigado
Nota do CM: caro autor, o título está como chegou e parece ironia.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 23 de Novembro de 2023
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