É urgente portanto cuidar dos cuidadores. Carlos Siqueira
H oje alguém me perguntou se eu gosto do meu trabalho, e eu simplesmente respondi : eu gosto de pessoas, mas defendo a afirmação do professor e escritor de vários livros sobre a saúde mental, envelhecimento entre outros, Dr. Carlos Siqueira que diz: "É urgente portanto cuidar dos cuidadores".
Supostamente vivemos em um país que não está em guerra, mas sofremos com as consequências de uma "guerra" de egos. A ganância, o egoísmo, o abuso de poder, faz com que os cuidadores se tornem "invisíveis" diante de uma sociedade hipócrita que se inclui em um grupo que se diz preocupados com o próximo, quando na verdade tudo que importa são apenas os seus interesses. O abandono é visível, as pessoas estão cada vez mais doentes física e emocionalmente, são idosos a cuidar de idosos, doentes a cuidar de doentes e as teorias da inclusão e do cuidar a se espalhar pelo mundo e todos sabemos que pouco ou nenhuma verdade existe nisso.
São poucos os gestores que realmente estão preocupados com saúde, que investem em literacia em saúde, por vezes até a sua própria saúde está limitada. As universidades estão cada vez mais com um elevado índice de alunos com doença mental a formar profissionais que já saem doentes do mundo acadêmico para a realidade profissional. Sim, estou indignada, com a falta de amor, de respeito e empatia, onde quase ninguém consegue se colocar no lugar do outro e tentar amenizar a sua dor que seja por um breve instante, onde a maioria dos líderes não conseguem reorganizar os seus serviços entre os liderados de acordo com as suas limitações físicas e psicológicas, e agem sem qualquer sensibilidade, onde a dignidade é apenas mais uma palavra lançada ao ar e levada pelo vento para onde melhor lhe aprouver, onde as palavras bonitas saem dos lábios mas o coração está cheio de maldade e desejo de vingança e de vencer mesmo que ultrapasse os limites da ética.
Médicos, enfermeiros, auxiliares, professores e outros profissionais ligados aos cuidados, estão sempre a cuidar de alguém, e quem está preocupado em cuidar desses profissionais que se sujeitam inclusive a fazer trabalhos sem condições dignas, sem humanização, fora da dignidade humana, mas nutridos de uma essência e desejo de cuidar de seguir o legado que Jesus deixou. Quando foi que perdemos o amor ao próximo se é que algum dia o tivemos?
Estamos a nos aproximar do Natal, uma época onde se fala de amor, alegria e paz, que supostamente deveria ser um ensinamento para a vida. O Mestre dos mestres e foi o primeiro a nos mostrar o verdadeiro sentido do amor quando entregou o seu único filho Jesus para morrer pela salvação da humanidade. Vamos reflectir e pelo menos tentar sermos hoje, melhores seres humanos do que ontem.
Kezia Abrunho
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 23 de Novembro de 2023
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