O impasse e a indecisão do Presidente da República são inaceitáveis. Ontem, não conseguiu esconder a sua surpresa nas primeiras entrevistas. Hoje, está mais do que evidente que este senhor está a proteger o seu partido político.
Por muito menos, fez cair os governos de Lisboa e dos Açores. Agora, com os graves casos de corrupção identificados na Madeira, que serão apurados pela justiça, com a detenção do antigo número dois do governo regional e do maior empresário da região, todos os partidos políticos pedem eleições antecipadas.
O Presidente da República fecha-se em copas, escondendo-se por detrás das regras da Constituição. Aqui, está claro que a sua intenção era sempre derrubar a esquerda e abrir caminho para o seu partido político tomar o poder.
Se houvesse imparcialidade na decisão, o Presidente da República, perante as acusações contra Albuquerque, indiciado de oito crimes, incluindo corrupção ativa e passiva, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, tráfico de influência, participação económica em negócio, abuso de poder e atentado contra o Estado de direito, já teria demitido o governo regional.
Lembremo-nos que por muito menos Marcelo fez cair outros governos de Lisboa e dos Açores, mesmo sem acusações da justiça.
Então, Marcelo, afinal, o que é que é no meio deste jogo de tabuleiro?
Um político oportunista que está a usar a sua posição para favorecer o seu partido político, mesmo que isso signifique sacrificar a democracia e o Estado de direito.
As suas ações são um insulto aos portugueses, que merecem um presidente imparcial e comprometido com o bem comum.
É tempo de Marcelo Rebelo de Sousa dar um passo atrás e permitir que os Portugueses da Madeira escolham o seu futuro.
Nós, na Madeira, exigimos eleições antecipadas, já!
O atual Governo Regional, mesmo com a mudança de figura central, não merece a nossa confiança política. É e sempre será um governo corrupto.
Não podemos aceitar que Tranquada Gomes, o homem escolhido pelo PSD Madeira, seja o próximo presidente do Governo Regional. Ele está envolvido nos Panama Papers, um escândalo global de corrupção fiscal.
Tranquada Gomes foi procurador de diversas offshores sediadas no Panamá e nas Ilhas Virgens Britânicas durante onze anos, entre 1994 e 2005. Na altura, o advogado era deputado do PSD e assinou essas procurações juntamente com um sócio, Coito Pita, também deputado social-democrata.
Estas revelações são escandalosas e mostram que o PSD Madeira está enraizado na corrupção.
Por isso, exigimos que o Presidente da República demita o Governo Regional da Madeira e convoque eleições antecipadas.
A Madeira merece um governo honesto e transparente, que represente os interesses do povo madeirense.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
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