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Jornalismo sem Notícia |
M uitos jornalistas acham que o seu estatuto é uma certeza inabalável de credibilidade, mas quanto mais se pronunciam assim, mais os leitores associam a fraquezas do momento. É claríssima a mudança de alguns jornalistas que deixaram de estar ao serviço da informação isenta, a deontologia, o editorial, o respeito pelo contraditório e por aí adiante. Muitos optaram por estar nas graças dos proprietários dos órgãos de informação porque não há separação e respeito pela autonomia de informar em relação aos interesses empresariais, comerciais ou de poder. E ainda mais gostam de estar nas boas graças do governo por saída profissional enquanto assessor. A informação credível não está no facto de ser oficial com carteira profissional e que assina. A Madeira, terra pequena, tem várias dezenas de jornalistas que, ou passaram para a esfera do poder ou até andam cá e lá entre as duas partes. Não há seriedade e idoneidade que aguente. A proximidade de alguns queima tanto como aquele episódio que aconteceu com os candidatos socialistas, noutras eleições, à mesa com um oligarca. O alegre convívio com interesses e políticos não é um recato de quem quer ser independente. Parece que pouco se importam com isso e falam "grosso" porque sentem-se do lado forte.
Para além disso, não existe na Madeira os Conselhos de Redação, um órgão que dá força ao jornalismo independente e forma uma task force, onde não há um "culpado" mas uma decisão colegial. Assinar ou não assinar pouco importa quando a verdade é praticada, comprovável e liberta de condicionantes como aquelas que vimos na Madeira. Se calhar algum anónimo, dizendo umas verdades impulsionam a notícia que se pode omitir. A Madeira é terra pequena.
Muitas vezes, por acontecimentos nacionais e internacionais, alguns jornalistas regionais instrumentalizam outras realidades para se dizerem da classe e tão "puros" quanto esses exemplos. Sabemos que não é assim e é um aproveitamento, o jornalista madeirense está entalado pela concentração de todos os médias em poucos oligarcas do mesmo poder. Sobrevivem com o dinheiro de subsídios, apoios camuflados em "cadernos", em eventos com garantias de boas notícias organizados pelos próprios grupos dos jornalistas, pelas portas giratórias que derramam de outros negócios.
Se a informação não dá dinheiro e está, nesta Região, nas mãos de 3 oligarcas gananciosos, porque será que aceitaram ser mecenas? Foi com que garantias do poder e com que objectivos pessoais e empresariais?
Querem mesmo continuar com a "cantiga do bandido" com vontade de iludir, mesmo descarado?
Tenho pena da RTP-M, tem todas as condições para ser livre, mas parece ser da natureza do jornalista madeirense não fazer ondas, ou seja, não fazer jornalismo numa região pejada de notícias omitidas. Mas, se alguém ameaçar os seus senhores, sabem fazer jornalismo para enterrar muitos.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 20 de janeiro de 2024
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