S empre que se fala no “déficit democrático” da Madeira, o PSD ruge e alguns partidos da oposição encolhem-se num “nim”. Na verdade, Mário Soares tinha toda a razão: a Madeira padece de “déficit democrático”. Todos os que não se enquadram no sistema laranja e protestam são perseguidos nos seus empregos e vida pessoal, chegando a perseguição até aos familiares. Fazem tudo para “lixar” os que pensam pela sua cabeça e não vão na fábula laranja.
Por todo o lado, há bufos que vão levar aos seus “senhores” informações, por vezes, falsas, em troca de favores e promoções.
A clientela laranja domina tudo, desde as Casas do Povo às associações desportivas. A autonomia serviu e serve apenas para eles terem poder.
Por tudo e por nada, fazem processos disciplinares aos funcionários públicos que não aceitam a prepotência ou a aldrabice das chefias.
A opinião pública é amordaçada, pelos diretores do DN-Madeira e do JM que não deixam sair determinadas notícias, acatando submissamente as ordens dos proprietários desses jornais. A RTP-Madeira é o eco do Governo Regional. Quem emite opinião nas redes sociais é controlado. Os políticos laranjas ameaçam com processos judiciais. Quem paga o processo, movidos por esses políticos, é o erário público. O cidadão inocente é obrigado a recorrer a um advogado e pagar do seu bolso.
Vem isto a propósito de Pedro Calado, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, ameaçar com um processo judicial o deputado do JPP, Élvio Sousa. Qual o motivo? Muito simples: Élvio Sousa requereu a documentação escondida, referente aos estabelecimentos que o LIDL pretendia montar no Funchal, leu a documentação, interpretou e veio a público dizer o que estava nos papéis requeridos, isto é, veio dizer o que Pedro Calado sabe, mas não queria que ninguém soubesse. Ou seja, que a Câmara não quer o LIDL no Funchal e que o irmão gémeo do presidente da autarquia anda em diligências para instalar o Intermarché na Madeira, negócio que, por certo, é do conhecimento (e talvez do interesse, dado os laços familiares, nem que seja pela alegria de ver o irmão gémeo bem sucedido) de Pedro Calado. Vai daí o presidente da CMF ameaça com o Tribunal o deputado Élvio Sousa e o DN-Madeira publicita em grandes letras esta atitude antidemocrática, tomando nitidamente partido na notícia.
Pedro Calado sabe muito bem que o processo que pretende instaurar não tem pernas para andar. Mas também sabe que o Ministério Público, na Madeira, é de "confiança". Por isso, confia que o Ministério Público vai deduzir acusação, mas o juiz de instrução, de certeza, não vai dar andamento a tamanha banalidade. Entretanto, Pedro Calado vai entretendo a comunicação social com subterfúgios a respeito da instalação do LIDL, porque, na realidade, o PSD não quer esta cadeia na Madeira, pois arruinaria outros negócios, nomeadamente o transporte de mercadorias dos Sousas.
Quem não é da Madeira, e lê e ouve notícias deste teor, só pode concluir: na Madeira há “déficit democrático”. E quem dá os indícios desta verdade é o PSD. Basta ouvir o Carlos Rodrigues furibundo, na Assembleia Regional, a ameaçar um deputado com os métodos da máfia (amarrar pessoas e atirá-las para o fundo mar) ou ver estes políticos, fazendo-se passar por virgens pudicas, a ameaçarem ou fazerem processos a torto e a direito a quem fala a verdade, com base nos documentos que eles tão bem conhecem.
Enquanto o povo madeirense não acordar, o déficit democrático irá continuar.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
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