M iguel Albuquerque só não foi detido, porque tem imunidade, enquanto presidente do Governo Regional da Madeira e como conselheiro de Estado. Mas as suspeitas que sobre ele recaem são muito graves. O rol é extenso. São tão graves quanto as de Pedro Calado.
O presidente Marcelo vê “tranquilidade e estabilidade” na Madeira, somente porque Albuquerque é do seu partido e ele não deseja abrir mais um foco de tensões. O nosso presidente agiu como um incendiário, ao não aceitar a substituição de António Costa por outro primeiro-ministro e ao dissolver a Assembleia da República, onde havia uma maioria parlamentar. Depois caiu o governo dos Açores e teve que marcar eleições. Agora a Madeira tem um presidente arguido perante um imenso rol de suspeitas. Não são apenas as que Albuquerque referiu na conferência de imprensa, na porta da Quinta Vigia, mas muitas mais. E Marcelo acha que esta Região deve permanecer na indignidade de ser governada por um presidente na condição de arguido. O presidente Marcelo tem dois pesos e duas medidas: uma para o Partido Socialista, outra para o seu PSD. Pela boca, morre o peixe!
Se Miguel Albuquerque não se demitir, vai ser obrigado a fazê-lo. O PAN parece ter acordado e, claro, que não vai votar contra as moções de censura que irão dar entrada na Assembleia Legislativa da Madeira. Para sobreviver politicamente, na Madeira e no todo nacional, o PAN tem de aprovar a moção de censura. Não é abster-se! É aprovar, Senhora Deputada Mónica Freitas e seu mentor, Marco Gonçalves, que, por maiores razões, tem de ser coerente e combater a corrupção.
A moção de censura vai ser aprovada e o governo vai cair.
Os seniores do PSD, sempre hábeis na teoria da conspiração, veem nisto tudo um ataque à Madeira. Claro que não é, mas sim a Justiça de fora a fazer o trabalho que a Justiça de cá dentro não faz, há décadas. Imaginem que eram os magistrados do Ministério Público, aqui da Madeira, a tratarem deste processo. O que teria acontecido?
Em vez de haver detidos, transferidos para Lisboa, estavam magistrados e suspeitos no Savoy ou no Lobo Marinho numa grande almoçarada. É por isso que o jarreta sempre defendeu a regionalização da Justiça, para que oficialmente os magistrados, que exercem a sua atividade na Madeira, fossem oficialmente funcionários do Governo Regional ou do PSD-Madeira, e nunca descobrissem nada. Mesmo sem essa pretendida, e felizmente nunca conseguida, regionalização, eles já fazem vista grossa às denúncias que lhes chegam e ao que observam e leem, como seria então se fossem funcionários da RAM? Na Madeira, aos procuradores parece interessar apenas uns “furtos de galinhas”, uns pacotinhos de haxe e umas ofensas que eles fabricam, para calar a voz de alguns madeirenses não encarneirados. O resto é boa vida! E o “Lobo Marinho” para verem o fogo!
Miguel Albuquerque: obviamente que deve demitir-se, enquanto é tempo. Porque para a semana, a imprensa do Continente (a daqui mal está a sair da hibernação) vai trazer o rol de suspeitas que recaem sobre o Senhor. Saia enquanto é tempo. Evite a eficácia da moção de censura.
Assuma a dignidade e a coragem que exigiu a António Costa.
Seja coerente, uma vez na vida! Obviamente, demita-se!
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
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