A "morte" do salvador


O regresso de Dom Paulo Cafôfo, montado na sua sombra branca figueirense, teve na noite eleitoral de ontem o seu desfecho previsível.  D. Cafôfo, ao contrário de D. Sebastião, vai acumulando Alcáceres Quibires, com uma resiliência política apenas possível por ter o PS preso por interesses pessoais e tachos a elementos estratégicos dentro do partido.

A vida política de D. Cafôfo nos últimos 4 anos demonstra aquilo que nem o próprio ainda percebeu. Deixou a Câmara do Funchal para se candidatar ao governo, deixou a presidência do PS regional e a Assembleia Legislativa para poder ser Secretário de Estado. Fez por parecer que estava a abandonar esse cargo para o qual estava já demitido para voltar à Madeira, atropelando a liderança local até então do candidato que foi deixado interinamente, mas que afinal tinha ideias próprias que não se coadunavam com a manutenção de remunerações fantasma para convictos cafofianos.

O regresso de D. Cafôfo afastou ainda mais pessoas do PS, tal como já o tinham feito anteriormente a históricos do partido, antigos presidentes, antigos deputados e vereadores. D. Cafôfo tem o dom da desunião. Na sua constante sobrevivência política, o salvador espezinha a militância socialista madeirense para se manter à tona, criando inúmeras fações. Faz listas que premeiam incompetência e lambe-botismo, enquanto os mais competentes são repescados no continente.

Na noite eleitoral, D. Cafôfo viu fugir mais de 10 mil votos desde as últimas legislativas que elegeram Carlos Pereira. Perdeu 2% para o seu interino nas últimas Regionais, mesmo com o PSD a perder 6 mil votos. O sorriso já não esconde o vazio que lhe vai dentro da careca. O salvador está morto. Se insistir em ser candidato a eleições antecipadas, os madeirenses farão por colocar o último prego no seu caixão. 

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 11 de março de 2024
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