M iguel Albuquerque, no seu estilo oportunista, tentou colar o resultado das legislativas na Madeira a si. Como todos percebem, os madeirenses votaram a pensar no Montenegro, no Pedro Nuno e no Ventura. Mas o senhor que permanece agarrado ao poder não resistiu em mais este balão de oxigénio. Ainda assim, é melhor ter cuidado com essa narrativa. Porque nesse caso vai ter de assumir menos de 4% de votação relativamente a 2022, em contraciclo com a coligação no resto do país, como vai ter de assumir menos de 6 mil votos se compararmos com as regionais de setembro de 2023.
Mas a comparação mais embaraçosa para Albuquerque, é se acreditarmos nele e considerarmos que estas legislativas nacionais são uma antevisão das Regionais.
É que se estas eleições fossem Regionais a coligação PSD/CDS teria 18 deputados. Muito longe dos 24 que garantem maioria governativa na Assembleia Regional. E como Chega, Iniciativa Liberal e PAN já disseram que chumbam um governo com Albuquerque, porque não aceitam um presidente arguido em processos de corrupção, seria impossível Albuquerque governar.
O PS teria 10 deputados, Chega 8, JPP e IL 4, cada, Livre, Pan e BE teriam um, cada. Este resultado ainda é risonho para o PSD/CDS, se tivermos em conta que a CDU deve eleger um deputado e que o JPP obrigatoriamente tem mais que 4 deputados.
Mas apenas estamos a fazer as contas que o Albuquerque quer fazer.
Por fim, temos de retirar pelo menos um milhar de votos que o CDS vai levar na mala quando a coligação se separar. 18 deputados é o limite máximo que Albuquerque poderá ter numas próximas regionais. E assim não vai conseguir governar.
O limite mínimo estará ao nível do resultado de Cafofo, subindo ainda mais o Chega, o JPP e a IL.
Está provado. Albuquerque nunca mais governará a Madeira.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 11 de março de 2024
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