O PSD que desfrute da sua única hipótese.
É triste o espetáculo que o PSD está a dar nas suas internas, está a revelar a essência de alguns e não a propaganda de gente superior. Há muita gente a pensar que ... se atuam assim com os seus o que não são com os outros. Saímos do saudável debate eleitoral com adversários e que ganhe o melhor nos argumentos e nas propostas, para uma generalização da ideia de inimigo e do vale tudo. Só podemos acabar mal.
O foco está em ganhar a qualquer custo estas internas porque depois as Regionais são mais fáceis, pensa o poder vigente.
O PSD cristalizou-se de tal maneira que parece um disco riscado nas argumentações, quando se começa a revelar a podridão por trás das eleições, é evidente que não gosta da exposição, com revelações sempre aquém da verdadeira situação, como nas rusgas judiciais. A resposta do poder é logo para o denegrir e difamar. Se o Chega gosta de confusão, o PSD gosta de encostar ao vermelho. Atemorizar. Aposto que a situação descrita por lesados, assediados e ameaçados, é uma pequena parte da situação. O PSD cheio de si, esquece-se que funciona como pedra que a água contorna.
Na cabeça da generalidade dos militantes está este dilema, em quem apostar (?), quem vai ganhar (?), Albuquerque tem vantagem por ter a máquina, o governo, os "chefes" e o secretariado, mas por outro lado, Manuel António Correia está a conquistar apoios de peso, factualmente, e urdidos no anonimato, uma palavra que mata porque os caciques perdem a orientação para atuar.
Pelas cabeças dos militantes, para além do "quem ganha" para não ficar de fora, sob supervisão dos chefes a ameaçar, algo se tornou claro com uma sondagem que saiu no JM. Ninguém sabe se verdadeira ou não, mas pertinente, o que se sabe é que a população está revoltada com Albuquerque e o PSD tem menos intenções de voto. Albuquerque acha que com mais uma sessão de festas, casas do povo (que já pedem mais dinheiro), comunicação social, promessas e "frangos" dá para ganhar, nem que regressem os vouchers de eletrodomésticos, como numa célebre campanha autárquica.
Reparem nisto, é mais fácil o Albuquerque ganhar as internas mas não as Regionais, o Manuel António é o contrário, é-lhe mais difícil ganhar no partido e mais fácil de ganhar as Regionais. Com este raciocínio fica claro, contentar Albuquerque sob ameaças nas internas dura mais uma semana, mas depois o resultado das Regionais é uma incógnita, quando já se vê Albuquerque a pedir que Montenegro faça acordo com o Chega. Albuquerque investe em abrir essa porta para depois se legitimar em fazer o mesmo com o Chega na Madeira. O problema é que a situação pode "dar" para Albuquerque, mas mata o PSD-M, envergonha cair nas mãos dos seus dissidentes, é como lhes conferir razão. Também é o canto do cisne, mas como Albuquerque pensa na sua salvação e não no partido e na Região, tudo bem para ele, quem vier atrás que feche a porta.
As vitórias do PSD à força de dinheiro sem argumento têm-no feito descer de eleição para eleição. É aqui que os militantes pensam que é melhor jogar com outros argumentos, sobretudo um candidato limpo como Manuel António, com argumentos e voltando às bases. O Albuquerque é elite e governação para elas, Manuel António é a velha mística do PSD com as bases e o povo.
As ameaças que os militantes que são funcionários públicos sentem, não são entendidas como demonstração de força mas sim de fraqueza. O governo de Albuquerque não tem suficiente vivência partidária para conhecer o partido, ameaçam com o poder que têm, no governo. O clique está feito e os militantes não se vão atemorizar com as jogadas dentro PSD, tal como faz com o eleitorado regional.
Aprenda, o verdadeiro poder é conferido pelos madeirenses. Tomem consciência.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 15 de março de 2024
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