Os dias do fim


Q uer se concorde ou não, Paulo Cafôfo foi um fenómeno político na Madeira. A “Coligação Mudança” foi uma coligação de sucesso em 2013. Os que não têm memória curta lembram-se que a coligação integrava o PS (Partido Socialista), o BE (Bloco de Esquerda , o  agora extinto PND(Partido Nova Democracia ), o MPT (Partido da Terra), o PTP (Partido Trabalhista Português) e pelo agora famoso, pelos piores motivos, o PAN (Partido pelos Animais e pela Natureza).

A ilusão democrática durou pouco tempo, alegadamente pressionado pelos grupos económicos, a sua parca inteligência política levou à demissão da sua Vice-Presidente, de dois Vereadores e ainda da Presidente da Assembleia Municipal. Foi o fim da Coligação Mudança e o início do descalabro político de Paulo Cafôfo.

O ambiente de intriga na Coligação era tão elevado que mereceu uma dura crónica de António Fontes no Diário (na altura independente) que apelidou Miguel Iglésias de ser o Jaime Ramos do PS.

Paulo Cafôfo empolgado pelo poder não soube parar para pensar e não demorou muito tempo para afastar alguns notáveis do PS como Emanuel Camara e Ricardo Franco, líderes de sucesso na política local e só não afastou a prima de Emanuel Camara, Célia Pecegueiro, porque Victor Freitas era um osso duro de roer.

A ambição política fez o resto e em 2019 abdicou do Município do Funchal para ser candidato a presidente do Governo Regional. Ainda com alguma empatia junto do eleitorado, Paulo Cafofo conseguiu eleger 19 deputados na Assembleia Regional algo que nunca sido obtido pelo Partido Socialista, que só não foi Governo porque o CDS do ambicioso Rui Barreto puxou-lhe o tapete.

Paulo Cafôfo continuou a pensar que era imaculado e a partir daí foi o escalar de erros atrás de erros movido por uma agenda política pessoal. Depois dos maus resultados obtidos nas eleições Autárquicas de 2021, Paulo Cafôfo renunciou ao mandato de Deputado e de Presidente do PS-Madeira. 

Mas Paulo Cafôfo não se ficou por aqui e António Costa chamou-o para Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas  onde foi muito discreto a viajar com o homem dos vinhos até meter os pés pelas mãos com a história das viagens dos emigrantes.

Com tudo isto, o problema de Paulo Cafôfo é que está morto para a política mas ainda não sabe.

O PS-Madeira merece mais e melhor!

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 11 de março de 2024
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