O futuro do Serviço Militar em Portugal


O debate sobre o tema intensifica-se. As nuvens negras alertam os países para o levantamento das defesas adormecidas e esquecidas pelo tempo.

É viável um serviço militar obrigatório combinado com o 12º ano de escolaridade, em regime público, desempenhado em regime de internato, tal como era feito antigamente em Portugal. Os fundos derivavam não só da Educação como também da Defesa. Visto que a escolaridade obrigatória é já até ao 12º ano de escolaridade, este último ano (12º) seria cumprido nos quartéis, academias ou escolas devidamente integradas e articuladas no sistema militar, oferecendo a possibilidade de escolha dos mancebos entre a Marinha, o Exército e a Força Aérea, e quiçá uma Força Cibernética que poderia ser adicionada aos três ramos já existentes.

Esta ideia traria benefícios mas também alguns desafios para Portugal.

Eficiência:

  • Formação Cívica e Disciplina: o serviço militar obrigatório poderia fornecer aos jovens uma formação cívica, disciplina e responsabilidade, preparando-os para a vida adulta.
  • Integração Social: poderia promover a integração social, quebrando barreiras socioeconómicas e culturais.
  • Desenvolvimento de Competências: poderia desenvolver habilidades práticas, como trabalho em equipa, liderança e resolução de problemas.
  • Investimento em Defesa: a medida ajudaria a fortalecer as capacidades de defesa do país, aproveitando os recursos humanos disponíveis.

Impacto na Sociedade:

  • Igualdade: poderia promover a igualdade ao proporcionar oportunidades iguais de formação para todos os jovens, independentemente da sua origem socioeconómica.
  • Redução do Desemprego: poderia reduzir o desemprego juvenil ao fornecer formação e experiência profissional aos jovens.
  • Custos Financeiros: a implementação seria custosa, exigindo investimentos significativos dos ministérios da Educação e da Defesa.
  • Libertação de Recursos: a alocação de recursos para o serviço militar obrigatório poderia desviar investimentos de outras áreas prioritárias, como saúde e educação. Seria motivo para um intenso debate político, necessário.

No entanto, é crucial considerar os seguintes pontos adicionais:

  • Flexibilidade Curricular: o currículo do serviço militar obrigatório deve ser complementar ao ensino regular, garantindo que os jovens não sejam prejudicados academicamente.
  • Inclusão de Género: o serviço militar obrigatório deve ser igualmente acessível para homens e mulheres, promovendo a igualdade de género e evitando reforçar estereótipos tradicionais de género.
  • Apoio Psicossocial: deve ser oferecido apoio psicossocial adequado para lidar com possíveis desafios emocionais e psicológicos que os jovens possam enfrentar durante o serviço militar.
  • Avaliação Contínua: é essencial realizar avaliações regulares para monitorizar o impacto do programa na sociedade, garantindo que os benefícios superem os custos e que quaisquer problemas sejam abordados rapidamente.
  • Alternativas Viáveis: deve-se considerar a implementação de alternativas viáveis ao serviço militar obrigatório, como programas de serviço comunitário, para atender às necessidades de jovens que não desejam ou estejam impossibilitados de participar do serviço militar.

Ao abordar esses aspectos, Portugal poderia maximizar os benefícios do serviço militar obrigatório combinado com o 12º ano de escolaridade, promovendo o desenvolvimento pessoal e social dos jovens, ao mesmo tempo em que fortalece as capacidades de defesa do país.

Marco Baltazar

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 10 de abril de 2024
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