Q ue triste é ver o partido que lutou pela causa Autonomista, na Região Autónoma da Madeira, ao longo de quase 48 anos estar capturado por um pequeno grupo de interesses que se esqueceu não só das suas bases, mas também do sacrifício que foi concretizar a Autonomia no pós-25 de Abril.
O partido que era coeso e integrado na sua forma de agir, quer em termos verticais, quer em termo horizontais, vive hoje uma cisão da qual poderá nunca recuperar. As perseguições internas à liberdade de pensar, agir e opinar, a manutenção de “tachos” e o desdém pelo conhecimento científico e competência técnica dos quadros que o partido tem (ou perdeu) são sintomáticos de uma renovação que nunca saiu do papel. Pelo que fica a pergunta: a renovação prometida não foi o maior erro de casting do PSD-Madeira?
Quer se goste ou não a Oposição é, atualmente, um bando de incompetentes que mais não faz do que se servir da Assembleia Legislativa da Região Autónoma Madeira, e de alguns cargos no poder local para se servir a si mesma e não o Povo. Vivem da própria intriga interna, tal como o PSD-Madeira, e da mentira. Senão vejamos…
O PS-Madeira, tal como o seu famigerado e novo inimigo, o Chega, mais não é que um partido unipessoal cujo o atual líder calvo se serve para ser candidato a todo e qualquer cargo que envolva eleições. Fora isso são um bando de gatos pingados incapazes de atrair qualquer quadro qualificado pelo qual se debata pela causa autonómica. Aliás, parece que a sua única causa é o que lhes for imposto pelo Largo do Rato e pelos grupos económicos anti-PSD. São incapazes de pensarem por si, são incapazes, ideologicamente, de se debaterem por mais e melhor Autonomia – nos melhores dias debatem-se apenas por melhor Autonomia.
A JPP, esse bastião da transparência documental, é uma verdadeira irmandade bicéfala cuja a ideologia “catch-all” e a sua posição quanto ao aprofundamento da Autonomia e ao desenvolvimento económico por via da iniciativa privada, assente na livre concorrência, é ambíguo. Não sendo, por isso, de estranhar que sejam apelidados de Chavistas de Gaula, e usem as criancinhas nas escolas para fazerem propaganda nas redes sociais sempre que há distribuição de manuais escolares.
Por seu turno o PCP (e o seu neto, o Bloco de Esquerda), não passa de um partido que deveria há muito ter sido ilegalizado, dada a sua “mater” ideológica ditatorial e posicionamento totalitário. Ter combatido a PIDE durante o Estado Novo não pode servir de credencial para justificar a sua existência atual, pois não se esqueça o papel do PCP na tentativa de subversão da democracia, que hoje tanto apregoam, no pós-25 de Abril. Não tomaram a democracia e por isso infiltram-se nas chefias intermédias dos Ministérios travando o desenvolvimento do país. Uma autêntica cambada de traidores.
Já o Chega, detentor de um único quadro qualificado, que PSD e CDS não souberam aproveitar, mais não é que uma sucursal dos evangélicos radicais, que atentam contra a separação entre o Estado e a Igreja, possuindo ligações pouco éticas e cujo financiamento nacional deixa muito por explicar.
A IL-Madeira, mas não é um um conjunto de vencidos da vida que têm como passatempo a política económica liberal, pois a nível social, e ao contrário do congénere continental, pouco falam… Quiçá com medo de perderem votos mais conservadores.
Sobre o PAN não vale a pena falar. Um partido que não compreende a autonomia regional e se preocupa mais com natureza do que com os incentivos económicos necessários à proteção da mesma é um partido de causas perdidas, típico dos descendentes da pequena burguesia dita do tipo “urbanóide” que querem afrontar o papá e a mamã.
O PSD-Madeira é de momento, o menor dos males, que necessita de se reformar internamente, a bem ou mal, por via de um choque endógeno ou exógeno. Quando é que tal choque acontecerá é difícil de dizer. O PSD-Madeira não é um santo, nenhum partido político o é, mas foi o único que ao longo de quase 50 anos aprofundou a Autonomia, não se vergou a Lisboa, e concretizou o mercado interno regional.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 13 de abril de 2024
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