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Euro-burocrata nas pescas? |
D eputada ao Parlamento Europeu desde 2014, Cláudia Monteiro de Aguiar foi escolhida para secretária de Estado das Pescas, do governo de Luís de Montenegro. Cláudia licenciou-se em Sociologia em 2005 pela Universidade do Minho e, em 2009, obteve uma pós-graduação em comunicação e marketing pelo Instituto Politécnico de Leiria. Antes de exercer cargos políticos, foi consultora de marketing do grupo hoteleiro Porto Bay Hotels & Resorts.
Que um ministro não seja da área que tutela, admite-se, porque o cargo é predominantemente político. Contudo, é sempre preferível que o ministro domine a área e tenha também intuição política. Já um secretário de Estado deve, em meu entender, conhecer a área que vai tutelar. Não pode ficar nas mãos dos assessores, adjuntos e diretores da sua Secretaria. Tem de conhecer para coordenar, planear, dar resposta aos problemas e inovar.
Poderão dizer que Cláudia Aguiar aprendeu muito sobre pescas no Parlamento Europeu, o que duvido, pelo que foi dando conta na imprensa ao longo do seu mandato e pelas intervenções públicas e parlamentares. Também nada sabe como funciona a administração pública, porque não tem experiência em funções de chefia ou governativas.
É por esta e outras Cláudias, e Cláudios, que Portugal não se desenvolve nem se fazem as necessárias reformas estruturais. Eles e elas só pensam no cargo e nas mordomias, mas nada sabem do que vão tratar ou do que os portugueses esperam deles, em especial pescadores e empresários da pesca.
Trazer para o governo os amigos e amigas do Partido é um empecilho do progresso do País e da democracia.
Aconselhava a recém nomeada a visitar muitas lotas e mercados para, pelo menos, saber distinguir um chicharro de uma sardinha, um pargo de um bodião, um atum de um cherne.
Pela sua simpatia, desejo-lhe, todavia, as maiores felicidades nas Pescas.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 8 de abril de 2024
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