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O Correio da Madeira é muito mais do que Opinião Pública.
Força notícias a sair.
V ou fazer um texto realista, vou me por na pele de alguns jornalistas e depois vou concluir. Imagine, inocentemente, o seguinte. O meu caro amigo era jornalista de uma imprensa livre, maioritariamente deontológico e a cumprir com o editorial. A sua empresa tem sede numa ilha com menos habitantes do que alguns concelhos do país, mas o seu Governo anda em bicos de pés como se fosse uma superpotência. Tem um Governo Regional porque em Autonomia porque a Liberdade de Abril o permitiu, mas esse 25 de abril é tão enxovalhado que se encontra algo melhor para fazer do que festejar os eus 50 anos. Foi ressaca?
O GR é o maior empregador e cliente da ilha. Alguns intimamente ligados com o poder gozam do privilégio de receber a tempo e horas, outros fogem do mau pagador Governo Regional. Agora imagine que o seu objecto social o torna particularmente frágil perante uma economia fraca, assente nesse tal maior cliente, e de empresas quase que sucedâneas, por serem de gente que se acabam por designar por Donos Disto Tudo ou Oligarcas. A vida torna-se impossível, tal como a das famílias o pote que todos exploram.
Não é saudável, mas é a realidade que se o Governo Regional quiser, mesmo sem participação social, consegue destruir a independência jornalística através da necessidade de facturar para pagar despesas e existir. Imagine que, durante anos, o Governo Regional atrofia, evita serviços e assinaturas, tem influência em empresas privadas para que façam o mesmo, senão a consequência é não terem adjudicações como fazem ao jornalismo livre. Imagine que a empresa de um jornal idóneo, aguenta muito tempo mas descapitaliza, com certeza os abutres pairam, e os proprietários cansam. Se houvesse alternância folgava as costas, mas este não é mais do que novo exemplo do que é transversal a toda a economia, o poder determina quem deve existir.
Imagine, que os proprietários de tanto tentados a vender, com continuas propostas, mas com outros negócios que não dão chatices, decidem fechar os olhos a algo em sua posse por mais de um século e acabam vendendo aos que açambarcam tudo, para tornar o poder hermético e "puro".
Depois da economia confinada em meia dúzia, com um governo que trabalha para eles, fazem o pleno do controlo total da comunicação social.
À partida está tudo controlado, o povo é facilmente manipulável e até tem pena dos carrascos se alguém os acusar com muita força. O antigo proprietário investe noutras áreas, livra-se da política. O que pode falhar? A soberba do tudo controlado. A soberba produz desleixo, incúria, atrevimento, mais ilícitos e corrupção. Com uma Autonomia com governo próprio tudo se pode. Expulsa-se tudo o que seja concorrência ou que não compactue, os pilares da democracia estão todos vendidos e controlados. Que antro perfeito.
As únicas coisas que podem mudar isto é a Justiça que decidiu atuar (graças a acusações porque senão não se mexia - tal como a PSP) ou você nas eleições. Deixar os mesmos durante 47 anos no poder torna você, eleitor, o culpado. Devemos mudar as pessoas com frequência senão acontece o caso da Madeira.
Os jornalistas que precisam do dinheiro para viver, ao fim de um tempo habituaram-se a não ter deontologia, editorial, bajular e até a ensaiar desculpas e narrativas para não encararem a verdade, são iguais aos governantes, estão de alma com eles, e vão cair com eles. Até porque vão para a TV como porta-vozes do Governo. Estão tão marcados lá fora que não têm oportunidades. A imagem é tal que os jornalistas vêm do continente para as coberturas que se tornam de âmbito nacional.
Neste momento a Madeira está de rastos, a pobreza a crescer, as pessoas a emigrar, custo de vida impossível de se pagar com os ordenados que temos, filhos em casa, casamento impossível, mas nos jornais, tal como nas ditaduras é de bem estar, fait-divers e muita alegria, os jornais têm o ambiente bacoco e alheado das elites privilegiadas com as suas historinhas.
O Correio da Madeira é o único lugar onde saem verdades de forma organizada. Um reportório do estado da Autonomia, que se deveria chamar de bandalheira. Ainda bem que não desistiram CM. O poder fala pelos madeirenses mas "mata-os", a mesma coisa faz com a Autonomia. De certeza que a regionalização não vai em frente pelo exemplo da Madeira.
É muito verdade de que a 26 de maio os madeirenses vão ser avaliados. A 26 de maio ou passamos a ilha paria ou damos uma luz de esperança. Se acha que este texto foi político, problema seu, continue com isto assim! Você vai pagá-las, a população não vive e adere as festas dos glutões para se distrair.
Só esporadicamente, porque não podem evitar, a RTP-M e o JM ainda saem com notícias destas em campanha, deve haver muita briga dentro do PSD... mas ninguém sabe, tal como ninguém aprofunda e investiga jornalisticamente a corrupção, pudera os proprietários são arguidos. Que linda Madeira temos. O jornal secular é o mais conservador e agarrado ao poder, ou é o poder que se agarra a ele por ter mais expressão.
Coloquem o trecho de som que saiu de manhã sobre a Madeira.
O que estamos a viver é tudo mentira, é um ambiente forjado. A realidade quando vier ao de cima vai ser tão dolorosa...
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