E u já tinha decidido fazer um interregno de alguns meses nos meus artigos de opinião para o Correio da Madeira, mas perante a insistência de algumas pessoas amigas e conhecidas, que me perguntavam quando voltaria a escrever, ou se tinha sido censurado, ou se estava com medo de alguma coisa, visto que eu e o meu amigo Gil Canha tínhamos sido ameaçados de morte, por causa da Quinta do Lorde, eu respondi, que não era nada disso, e decidi rever a minha posição.
Mas, sinceramente, o que me espoletou a decisão de voltar a escrever, foi uma amiga que me enviou uma entrevista de Paulo Cafôfo no Jornal da Madeira. Quando vi o título: "Votar nos pequenos partidos é votar Albuquerque", dei um salto da cadeira, como um piloto de um caça da força aérea quando se ejecta da cabine quando o avião está irremediavelmente perdido.
Foi logo buscar o computador portátil, e preparar a "artilharia pesada" para descarregar em cima do traidor Paulo Cafôfo. Esta criatura de Deus ou do diabo, como o queiram classificar, passados 10 anos ainda não percebeu que ganhou a Câmara Municipal do Funchal em 2013, graças à união dos pequenos partidos, onde eu e os meus amigos activistas políticos estávamos envolvidos numa luta hercúlea para derrubar um regime corrupto que já durava há 40 anos, e que o oportunista do sr. Paulo Cafofo nunca se atreveu a criticar!
Onde andava Paulo Cafôfo quando eu e os meus amigos activistas políticos andávamos na rua a combater o regime corrupto do ditadorzeco jardinzinho? Onde andava ele quando as gente aparecia nas inaugurações eleitoralistas de Jardim? Onde andava ele, quando no jornal satírico Garajau e Quebra-Costas, e posteriormente no blog do meu saudoso amigo Luís Calisto, Fénix do Atlântico, dávamos porrada da grossa em cima do lombo gordo da máfia no bom sentido? Onde andava ele?! Refugiado no Campanário aguardando manhosamente a queda do “fruto maduro”, tratado pela luta dos outros!
É sempre bom recordar que Paulo Cafôfo foi a quarta escolha da coligação Mudança em 2013. Mas aqui tenho de me penitenciar, que foi o responsável por não ter convencido as outras 3 personalidades convidadas anteriormente, a aceitar o desafio de liderar a coligação. E perante o meu insucesso e fracasso, coube ao srº Victor Freitas encontrar o candidato, que depois viemos a saber, que tinha sido um ilustre desconhecido parido no "laboratório de idiotas" do partido socialista.
Em 40 anos de jornalismo, nunca vi um político mais mal preparado para liderar um projecto político, que acabasse com os vícios do passado. Paulo Cafôfo copiou o pior do regime corrupto jardinista. Encheu a Câmara do Funchal e empresas municipais com boys e girls socialistas e cafofianos. Utilizou dinheiros da Câmara para publicidade encapotada que não era mais do que a sua auto-promoção nos jornais do regime. Fez ajustes directos com os seus amigos. No fundo a mesma podridão do jardinismo. Estou curioso para saber das investigações do Ministério Público a Paulo Cafôfo. Ando curioso com a pulguinha atrás da orelha.
E o pior que fez foi rebentar com uma luta de mais de 30 anos contra o regime corrupto, e rebentar com uma coligação que tinha tudo para ganhar as regionais de 2015. E ainda pior foi destratar os vereadores que o tinham ajudado a ganhar a Câmara Municipal do Funchal, para se juntar aos oligarcas jardinistas, Luís Miguel Sousa e Avelino Farinha. Não nos esqueçamos que o hotel Savoy tem aquelas dimensões, porque Paulo Cafôfo revalidou uma licença que já estava caducada, foi ele o responsável pela suspensão do PDM para permitir o projecto de Dubai (nome foleiro inventado pelo azeiteiro do norte) e a criatura sabia que com o vereador Gil Canha isso nunca iria acontecer. Por isso é que lhe retirou os pelouros!
Não nos esqueçamos, que Paulo Cafôfo também queria editar um livro do ditadorzeco Alberto João Jardim com os dinheiros dos munícipes do Funchal, um tipo que se fartou de insultar e perseguir os seus adversários políticos, onde se incluíam muitos socialistas e jornalistas. Aliás, o jornal espanhol El mundo caracterizou o nosso ditadorzeco, como " El maestro del Insulto".
O traidor Paulo Cafôfo se fosse honesto tinha de mencionar os pequenos partidos que se juntaram ao PSD, casos do CDS e PAN, e os outros dois que estão à espera de um telefonema, e não meter todos no mesmo baralho.
E se Paulo Cafôfo precisar dos pequenos partidos, para formar governo, quem no seu perfeito juízo vai negociar com um traidor, e um vendedor de banha de cobra?
Caros leitores do Correio da Madeira, votar em Paulo Cafôfo é votar nos oligarcas jardinistas que mandam na madeira, e é continuar com a podridão e a corrupção. Mas como eu quero acabar com esta pouca vergonha decidi apoiar Raquel Coelho do PTP, que já deu provas de ser uma grande guerreira no combate à corrupção. Votar PS é a mesma coisa que votar PSD!
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