À s vezes penso que vivo num mundo paralelo. Não acho normal certas atitudes das pessoas, relembro livros ou filmes que vi. Neste momento, a Madeira vive uma espécie de ilha da fantasia, onde alguns ainda não caíram na real, como se costuma dizer.
A Madeira está a arder. Até ao momento não houve mortos nem habitações queimadas, mas houve feridos: bombeiros.
Perde-se floresta, perde-se terrenos agrícolas. Quem devia estar a dar força às pessoas, simplesmente c.... para o povo.
O medo de quem tem as chamas à porta, o ar irrespirável, as estradas fechadas por causa de derrocadas, ninguém pode apagar.
O grande incêndio de Roma durou 6 dias, até ser controlado. A Madeira já arde há 7. Nero assistiu a tudo, impávido e sereno. Há quem diga que foi o próprio que mandou incendiar, de forma a construir um palácio.
Agora vamos ao futuro: o impacto no turismo, na economia que o governo decidiu ser a única para esta região. Já havia pouco verde, devido não só aos incêndios anteriores, mas também pelo betão que se anda a ver crescer como cogumelos no outono. Agora quem quererá fazer um percurso para ver tudo negro e sem sombra? Quem quererá fazer um percurso tendo o risco de uma derrocada?
Para os residentes ainda será pior. A perda na agricultura fará encarecer os produtos, e quando vierem as chuvas, tudo virá da serra para baixo, sem vegetação para conter seja o que for.
Assiste-se a uma corte que aplaude o rei que vai nu. Assiste-se a um povo que é insultado.
É triste.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 20 de Agosto de 2024
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