É de conhecimento geral que os madeirenses, seres resilientes que enfrentam montanhas e precipícios a cada curva, sempre souberam como driblar a escassez de recursos com criatividade. No entanto, recentemente surgiu um novo "mestre" para elevar a arte de "gerir bens alheios" a um nível superior: ninguém menos que o Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, conhecido por suas políticas tão originais quanto as curvas da Estrada da Encumeada.
Dizem as más línguas que, insatisfeito com o modus operandi de certos cidadãos, Albuquerque resolveu dar uma lição em como se "rouba" com estilo, à luz das leis (ou pelo menos à sombra delas, onde a luz do sol madeirense tem dificuldades de penetrar).
Primeira Aula: A Diferença entre Furto e "Gestão Alternativa"
Segundo nosso ilustre presidente, roubar é coisa do passado. O termo correto agora é "gestão alternativa de ativos alheios". Albuquerque ensinaria que não se trata de uma simples apropriação indébita – nada disso. A chave está na técnica refinada de "adquirir temporariamente" bens que "claramente estão sendo subutilizados". Se um terreno baldio está a apodrecer, por que não transformá-lo em um projeto imobiliário? Tudo pela Madeira, claro.
Segunda Aula: O Código Penal como Manual de Instruções
Ao contrário do que os juristas tradicionais afirmam, o Código Penal é, para Albuquerque, um guia de boas práticas. Ele diria que o segredo é interpretá-lo de forma flexível. Se a lei disser que algo é crime, isso é apenas uma sugestão de que deve haver uma forma mais elegante de fazer o mesmo sem ser apanhado. Afinal, como ele diria em suas aulas, "o que não é expressamente proibido, é tacitamente permitido".
Terceira Aula: A Arte de "Confundir" o Contribuinte
Albuquerque não ensina apenas a "pequena gestão alternativa". Ele acredita em grandes empreendimentos. Assim, uma lição fundamental é saber criar uma obra pública suficientemente complicada para que ninguém entenda exatamente para onde foi o dinheiro. O truque é confundir o público com termos técnicos e cifras monumentais, de modo que, no final, todos estejam tão ocupados a tentar entender o projeto, que se esquecem do orçamento.
Quarta Aula: Como Abrir Empresas com Estilo
Outro dos ensinamentos centrais é a habilidade de multiplicar empresas com os mesmos nomes de família e amigos, sem que isso levante muitas suspeitas. De acordo com Albuquerque, criar uma rede complexa de negócios familiares não é nepotismo, é "tradição familiar empresarial". Uma herança que se passa de geração em geração, como as famosas vinhas do Seixal.
Conclusão: O Ponto de Ouro
Miguel Albuquerque teria, certamente, encerrado suas aulas com uma reflexão profunda: roubar é para os fracos, gerir é para os fortes. E com esse ensinamento, os madeirenses, que já eram exímios em contornar dificuldades, agora poderiam superar até as mais rígidas auditorias.
Mas claro, é tudo em nome do desenvolvimento regional e da boa gestão pública. E, no fundo, Albuquerque não ensina a roubar; ele ensina, digamos, a "redistribuir" recursos de maneira criativa. Afinal, tudo pela Madeira!
Nota do autor: Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência e fruto da imaginação criativa. Até porque, na Madeira, tudo corre dentro da mais perfeita legalidade, não é mesmo?
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024
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