O Brinquedo


N o SESARAM gasta-se ao desbarato, o que interessa é alimentar o negocio dos amigos. O banco de sangue tem um novo brinquedo, claro, um brinquedo que só vem complicar mais a vida dos enfermeiros. Nesta empresa é assim mesmo, inventas mas o trabalho é para outro fazer.

Quando os técnicos do laboratório deixaram de executar colheitas, entregaram essa responsabilidade aos enfermeiros. Quando se cortam nos Assistentes Operacionais, inventam que os doentes são acompanhados em deslocações por enfermeiro, que apenas em alguns casos, substitui o maqueiro, uma vergonha. É sempre a complicar, depois queixam-se das esperas...

Mas este novo brinquedo do banco de sangue é hilariante, falam em segurança, num sistema que tem 15 passos, uma treta de códigos de barras que apenas confunde e aumenta o risco de erro, até de falência ou avaria do brinquedo.

Quanto será que custou uma brincadeira que não tem utilidade alguma, num hospital que tem um departamento de informática que desenvolvia um sistema de monitorização, no existente Atrium, para o banco de sangue brincar aos registos das transfusões que se fazem há décadas sem erros.

Pior disto tudo, com a falta de pessoal de enfermagem, em turnos sobrecarregados, o “Gricod”, não vem facilitar em nada, mas mesmo nada. Os registos no Atrium, a monitorização adequada e em segurança para a administração de uma transfusão, deve ser simples, basta a confusão do expediente, para evitar erros e termos segurança de que não se faça com outros medicamentos ou tratamentos mais arriscados uma transfusão sanguínea, como quimioterapia entre outros.

O SESARAM tem de deixar de ser gerido como se certos setores fossem feudos, onde as decisões que se tomam têm efeitos nefastos e um despesismo pueril dos dinheiros públicos, como foi o caso do controlo biométrico da assiduidade, outro brinquedo que a classe médica depressa destruiu, porque apenas os controlava.

Um hospital não pode ser administrado por um CA do "faz de conta" e que se submete aos apetites de certos grupos, cujo interesse é apenas fazer negócio, muitas vezes ruinoso para o contribuinte.

Chegará uma altura, em que a fatura irá determinar muitos cortes, mas veremos se o supérfluo será o primeiro a ser abatido, e se em nome da produtividade, finalmente teremos uma organização disciplinada e focada no lucro social sem gastar ao desbarato, apostando na sustentabilidade.

Hilariante é constatar os brinquedos que colocam uma fita de identificação do doente na urgência, certo e adequado, mas depois vem outro brinquedo que nos serviços internamento colocam outra fita de identificação, acrescido da fita colocada se fizer uma transfusão. Um dia teremos mais uma múmia envolvida em fitas. Em vez de se simplificar, continuamos a complicar, mas os brinquedos são caros, assim como a sua manutenção, coisa que pela sua ausência natural no SESARAM condenam os vários brinquedos a uma existência de curto prazo.

Entretanto, todos estes brinquedos são postos a funcionar sem formação adequada, no formato boca a boca, o que safa é o offline e os registos tradicionais. 

O que na saúde não pode faltar é marketing politico, falsa inovação, investigação tipo obras inventadas, muito cimento e muitas obras, como as de uma urgência que já não tem ponta por onde se pegue

E assim viva o Pedro, envolvido em ramos de oliveira, por muitos anos, levando os amigos pela mão e dando o seu telemóvel aos cidadãos laranja, os tais "canalhas" subservientes, cujo lugar está garantido nesta terra.

A Madeira é um bailinho.

Nota: observem nas imagens os 15 passos que aumentam o risco de erro. O risco de falha do sistema é real porque não lê os códigos de barras pregados nos sacos de sangue. Assim se gera uma série de exigências de registos que só dão trabalho aos enfermeiros. Existe trabalho a triplicar com o brinquedo, porque obrigam a registos em papel e no sistema eletrónico Atrium

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 17 de Setembro de 2024
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