Segurança Social: Quo Vadis II


O caos na Segurança Social da Madeira já não é novidade. Mas poucos sabem que no epicentro deste desvario institucional estão duas figuras singulares: Micas e a sua "cunhada". Quem já passou pela repartição sabe bem que, entre papéis perdidos e burocracias eternizadas, são estas duas que reinam numa monarquia decadente, imunes a qualquer tentativa de ordem ou correção.

A "cunhada", diga-se, é uma personagem digna de uma ópera bufa. De cunhada, apenas o título. O irmão, coitado, há muito que fugiu para Lisboa, apavorado com a teia de manipulações e controlo que a dupla construiu à sua volta. Nunca mais foi visto, nunca mais se ouviu falar dele, e é quase certo que vive em exílio autoimposto, refugiado com medo. Entretanto, a "cunhada", alheia a qualquer laço de sangue, ocupou o espaço como uma sombra que não se dissipa. E é ao lado de Micas que ela tece a sua teia, numa repartição onde o caos não é apenas casual, mas quase orquestrado.

Se a desorganização administrativa fosse o único problema, talvez houvesse esperança. Mas o buraco é mais fundo. Micas e a "cunhada" transformaram o local num antro de favorzinhos e conluios. Cada recanto da casa está povoado por uma horda de "cunhas" — personagens pitorescas com línguas afiadas e olhos atentos, especializadas na arte de saber demais e falar sem poda.  E o que sabem estas cunhas? Sabem o que não deviam. Sabem os segredos da classe política madeirense, conhecem as fraquezas e os podres da classe política, e têm uma coleção invejável de podres alheios que acumularam ao longo dos anos como quem guarda joias raras. É esse arsenal de informações comprometedoras que as mantêm intocáveis, protegidas por uma muralha de silêncio e conveniência.

Se os funcionários da Segurança Social quiserem ter acesso a estes podres, podem encontrar nas gavetas do quarto andar muitos podres que podem ser usados a seu bel prazer. Está lá tudo. Nenhuma família escapa, desde políticos a empresários, do PSD ou da oposição. Tudo guardado como um segredo negro, com provas e evidências que podem mandar muitos para a cadeia. Talvez a solução para estas pastas secretas seja tudo arder. 

Nos corredores da Segurança Social, fala-se que nada parece conseguir derrubar a dupla Micas e "cunhada" do posto. Nem o peso das queixas, nem a insatisfação crescente da população, nem mesmo as tentativas tímidas de reestruturar o órgão, já com vários vices a desamparar da loja. Afinal, quem teria coragem de desafiar duas mulheres que sabem tanto e mais um pouco sobre todos aqueles que poderiam intervir?

A Madeira é pequena, e todos sabem que, nas ilhas, os segredos não viajam rápido apenas pelo vento. No entanto, na Segurança Social, os ventos sopram numa direção só: a que convém à Micas, à "cunhada", e às suas afiadas "cunhas". O caos não é, portanto, mero reflexo de desleixo ou desorganização. É estratégia. Uma rede de favores e ameaças veladas, onde quem reina não é a ordem, mas a subversão. E assim, a pergunta persiste: Segurança Social, quo vadis?

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 14 de Setembro de 2024
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