A tomada da Madeira por forças internacionais: uma crónica anunciada



I maginemos um dia claro, em pleno Funchal, com os turistas a passearem felizes pelo Mercado dos Lavradores e a provarem a inevitável poncha. Nos bastidores políticos da Madeira, desenrola-se o que parece ser um capítulo de um romance satírico, daqueles que deixam qualquer um a pensar: "Isto só pode ser ficção."

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, já no cargo há tanto tempo que alguns madeirenses começam a perguntar-se se o homem não terá raízes fincadas na Praça do Município, continua impávido e sereno, apesar de ter oito alegações de corrupção penduradas como medalhas de um campeonato duvidoso. É uma espécie de "campeão moral" da resistência política: "Demitir-me? Jamais!”

Entretanto, no continente, Luís Montenegro e o seu Governo fazem o que sabem fazer melhor: nada. Não porque não saibam resolver problemas, mas porque resolver os problemas de 256 mil madeirenses parece estar fora do radar. Talvez estejam ocupados a fazer contas às eleições ou a decidir qual será o próximo snack servido nos bastidores do Parlamento. A Madeira, aparentemente, que continue a flutuar no Atlântico, sem perturbar demasiado. Talvez os russos ou a China comecem a perceber que ninguém está a tomar conta disto…

É neste cenário que os tribunais e as pressões internacionais, como personagens num filme de espionagem entram em cena. Primeiro, talvez chegue um comunicado formal da ONU, seguido de um olhar desaprovador da União Europeia.

A ilha sobreviveu a piratas, à fome e até àquela vez em que não havia voos no Natal.

Mas imaginemos que as pressões internacionais se tornam sérias. Um dia, ao largo do Funchal, surge um porta-aviões com a bandeira da ONU. Soldados da paz desembarcam, armados não com armas, mas com relatórios de corrupção e formulários para auditorias. O povo, inicialmente confuso, começa a achar graça à ideia e começa a identificar com factos ainda mais esquemas de corrupção.

Miguel Albuquerque, num último ato de resistência, convoca uma conferência de imprensa em frente à Sé. "Nunca me demitirei! Se a ONU quiser governar a Madeira, que o faça”, quero lá saber. 

E assim, a Madeira é finalmente "libertada" pelas forças internacionais. Vamos observar o Miguel Albuquerque a ser levado não por um avião da força aérea portuguesa, mas um  helicóptero da Nato a levá-lo para os tribunais internacionais. 

Até já estou a ficar com pena do homem. Saia enquanto a vergonha não é maior...

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 14 de Dezembro de 2024
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