Albuquerque e Governo... sempre a fugir.
V ai sendo costume o PSD Madeira abandonar o hemiciclo quando alguém do JPP discursa. A forma irritada como reagem na TV e no Parlamento, vão somando provas de que o PSD/M não consegue contrapor com argumentos, por isso desvalorizam e não marcam presença. A JPP fala à vontade e cresce, as atitudes com PSD/M mais do que desvalorizar o adversário mostra total fraqueza. Só gente que entrou por cima no PSD/M, sem ter andado nas bases e no poder local é que julga Albuquerque genial, porque não há contraditório. A exemplo de Medeiros Gaspar, muitos da velha guarda abandonaram Albuquerque com as suas "manias", ficaram as elites igual a ele.
Mas tem piada que, ao estar a escrever este texto para o CM, me ter lembrado de que o PSD também desvalorizou o site de atualidade regional comentada e agora, orgulhosos, estão a enterrar-se com o jornalismo. A solução de desvalorizar tudo só tem feito crescer problemas sociais, políticos e no âmbito da opinião pública.
Hoje, depois de uma jornada de trabalho, decidi ver o porquê de, um a um, o GR se ter ausentado do discurso do Rafael Nunes da JPP, facto que também aconteceu em parte com Paulo Cafôfo. A conclusão a que chego é que o GR, nomeadamente Albuquerque, cria uma narrativa, põe toda a gente a repetir nos jornais, pelos comentadores, associações, desporto, saúde e seus militantes, ao ponto de acreditar na narrativa. Quando encontra de frente a verdade, Albuquerque e o GR ficam irritados porque não conseguem mandar silenciar para impor a mentira, o Parlamento é o único local onde não fogem. Quer dizer, ausentam do hemiciclo. O GR está completamente obcecado em impor a mentira que desvaloriza a força da verdade e da explicação que, no caso de Rafael Nunes hoje, foi do mais linear e explicito para todas as iliteracias.
Rafael Nunes:
Vivemos um momento político histórico, com uma Moção de Censura originada por uma profunda crise de credibilidade e por uma instabilidade permanente causadas por Miguel Albuquerque e pelo seu PSD.
E permitam-me que comece por me dirigir diretamente aos Madeirenses e Portossantenses que nos ouvem…
Miguel Albuquerque tem optado por usar um discurso enganador, referindo que a Madeira entraria no caos político caso o Orçamento não fosse aprovado. Referindo que a culpa da instabilidade política era da oposição.
Mas escondeu-vos que a Madeira já estava em caos político desde a chegada dos 2 aviões da força aérea que aterraram na Madeira com dezenas de inspetores da Polícia Judiciária.
Esses investigadores VIERAM investigar crimes de corrupção dentro do JPP? Vieram recolher provas às casas dos dirigentes do JPP?
Todos os madeirenses sabem que não!!!
A crise política e o chumbo do Orçamento tem apenas DOIS RESPONSÁVEIS: Miguel Albuquerque e o seu executivo. Foi este executivo que preferiu manter-se AGARRADO ao poder apesar de estarem a ser investigados… não um… não dois…, mas 5 membros do governo indiciados por fortes suspeitas de corrupção!
E Miguel Albuquerque (matreiramente) também optou por não dizer aos madeirenses que existem fortes suspeitas sobre a utilização desse dinheiro… do dinheiro dos vossos impostos… o dinheiro que deveria ser gasto nos vossos cuidados de saúde… nos vossos medicamentos, o dinheiro dos vossos rendimentos, o dinheiro que poderia ser usado para vos aumentar o poder de compra… que poderia vos aliviar as contas todos os meses (na luz, na água, no supermercado)… o dinheiro que deveria ser alocado para a construção do hospital e de unidades de saúde como a do porto santo… o dinheiro que ajudaria os nossos idosos a ter uma pensão digna… o dinheiro que poderia ser usado em estratégias para dar um melhor futuro aos jovens madeirenses… o dinheiro que deveria garantir que todos os madeirenses pudessem ter uma casa para habitar… o vosso dinheiro!
Segundo o Ministério Público, o vosso dinheiro poderá ter servido para alimentar esquemas de corrupção! Poderá ter servido para financiar ilegalmente o próprio PSD… poderá ter servido para financiar algumas empresas privadas (e todos sabemos de quem são essas empresas) … o vosso dinheiro poderá ter servido para a existência de alguns envelopes de dinheiro vivo a viajar de um lado para o outro.
Alegações que (segundo o ministério público) são suportadas por diversas provas, incluindo inúmeras escutas telefónicas.
E estes Srs. depois ficam chocados quando o JPP lhes retira a confiança de gerir o VOSSO dinheiro! O dinheiro do POVO!
Porque já se comprovou que este Governo não é de confiança.
E este debate é sobre credibilidade, sobre desgoverno, sobre instabilidade, mas é também sobre perda de confiança.
Recai sobre este Governo suspeitas graves de criminalidade económica e financeira. De crimes com um rol vastíssimo… desde corrupção ativa e passiva, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, tráfico de influência, participação económica em negócio, abuso de poder e atentado contra o Estado de direito. Isto é gravíssimo!
E ninguém investe numa região onde as suspeitas de crimes graves de corrupção atravessam mais de metade do Governo e tem no seu líder o principal arguido. Como nenhum cidadão, livre e honesto, confia o seu futuro nas mãos de quem perdeu a confiança.
Este é um momento de profunda seriedade… Mas prefere o presidente do Governo continuar com um discurso enganador que tenta “atirar areia para os olhos dos madeirenses”, a avisar que não avançará com mais nenhuma obra.
Então se não quer fazer o que lhe compete… saia e deixe-nos trabalhar.
É tempo de pôr fim a este flagelo.
De por um ponto final num governo que nunca teve a capacidade de resolver os problemas reais das pessoas, das famílias, dos jovens e idosos.
Vangloriam-se de terem a maior receita fiscal de sempre. Um PIB que não cabia nos cofres da Região.
Mas deixam-nos a mais pesada carga fiscal do País.
O custo de vida mais penoso de todo o território nacional.
Deixam milhares de madeirenses em lista de espera para consultas, exames e cirurgias.
Deixam mais de 70 mil madeirenses em situação de risco de pobreza ou exclusão social.
Deixa-nos uma promessa de ligação ferry que nunca passou de uma miragem.
Deixam-nos uma herança de inúmeros atentados ambientais… e um sector primário abandonado e arruinado.
Em meio século de Autonomia e vivência do regime democrático, Miguel Albuquerque, orgulha-se de ser o “conquistador-mor” de vários recordes.
É tempo de lhe conceder um último recorde pessoal que por certo ficará para a história da madeira, tornando-o no primeiro presidente de um governo regional a ser legalmente destituído pela vontade livre desta Casa da Democracia.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. deputados,
Termino com um desejo para 2025.
Desejando que todos juntos sejamos agentes de renovação e que o novo ano traga consigo uma efetiva capacidade de mudança e emancipação cívica na nossa sociedade, que tem as rédeas nas suas mãos e que não pode esperar mais para definir o seu futuro.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça feira, 17 de Dezembro de 2024
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