Festa da Flor ... no singular.
D urante anos, sim anos, porque eu também escrevi sobre o assunto, pelas páginas do site de Opinião Pública, muitos disseram a verdade. A solução do GR sempre foi negar, como em tantas outras áreas, na pobreza, no caos viário, na massificação do turismo, na segurança, custo de vida, etc, agora chegamos à verdade, na comunicação social que muitas vezes participa nas fake-news, a dos governantes, que passa sem ninguém confirmar. Não há flores. Deve ser culpa dos más línguas.
Não há flores produzidas na Madeira para fornecer à Festa da Flor, mas o orçamento também é sempre o mesmo. A Festa da Flor se calhar rende mais à Região do que o fim do ano, mas não recebe o mesmo dinheiro para arder. Na RTP-M disseram tudo, falta apoio, falta terrenos, falta investimento, as explorações estão a desaparecer. Então o PRR não servia para Recuperação e Resiliência? Foi só para amigos e betão e agora vemos a falta de investimento para produzir flores? Então sempre vamos ter florestas de betão e desfiles de ferro armado?
Quem vê a degradação dos jardins na Madeira percebe a falta de sensibilidade. Quem tem uns aninhos nas costas lembra-se dos jardins tínhamos. Os jardineiros faleceram, rega-se muito menos, agora são todos doutores e engenheiros, mas os quadros superiores também não têm consciência do valor da flor e da jardinagem no turismo, mesmo agora que abriram o curral da massificação.
A Madeira, conhecida como a "Ilha das Flores", enfrenta um paradoxo neste ano (tem uns anos, mas digamos que é neste): a emblemática Festa da Flor decorre com uma notável escassez de flores naturais. Este evento, que celebra a exuberância da natureza madeirense está em crise, atribuem a escassez de flores a fatores climáticos adversos e desafios na produção local. Mas, nesta área fundamental não houve governo a acompanhar? Ou neste momento de transição não está a Rafaela Fernandes a "martelar"?
Quando tocam no betão, pela Covid, as Moções de Censura, os Orçamentos, é um ai Jesus, mas as flores não têm essa importância. Podem-me dizer que durante o inverno, temperaturas anormalmente elevadas e a escassez de precipitação afetaram significativamente a produção de flores na região. Espera lá, neste ano? É que choveu bem! Espécies emblemáticas como as proteas e as estrelícias não resistiram à falta de frio, espera lá, neste ano? Resulta assim, numa oferta reduzida e menos variada para os festejos. Vamos lá falar verdade, vendem terrenos para obras, não há apoios e investimento e as pessoas vão desistindo, falar de clima neste ano não pega, o problema vem mais de trás! Estourou agora.
O cortejo da Festa da Flor deste ano apresentará menos flores naturais e uma variedade limitada. Ainda menos do que nos anos anteriores? Muitas das flores utilizadas são importadas, o que, além de aumentar os custos, altera a autenticidade do evento. Espera lá, este é o evento que o Albuquerque, com a mania das grandezas, quis esticar para durar um mês e agora nem o cortejo escapa à realidade degradante? Meus senhores, esta gente trata da sua vidinha e não Governa a Madeira! Há falta de acompanhamento.
Dizem, que apesar destes desafios, a Festa da Flor mantém-se como um marco cultural e turístico da Madeira. Até quando?! Já o disseram, o cortejo da flor é cada vez mais tecidos, plásticos e coreografias, é um Carnaval sério? E as flores? Ainda bem que não ouvi que as flores vinham da China ...
Sou dos tais que agora aderiu ao quanto pior... melhor, está bem para a maioria, está bem para mim. Pena que as Regionais não tenham sido nesta altura, porque assim o problema não existia na comunicação social. Era mais um ano de sucesso.
Esta situação destaca a necessidade de adaptação às mudanças climáticas e de estratégias para preservar as tradições culturais da ilha. A resiliência da comunidade madeirense e o compromisso com a celebração da natureza continuam a ser evidentes, mesmo face as adversidades. Mas também diz claramente que não tratamos das flores, portanto é duplamente uma falta de Gestão "Flores"tal.
Os floricultores têm sofrido infortúnios, o tempo não ajuda e o Governo ainda menos. Os ex-libris da Madeira estão a morrer. Mas, nada que não se resolva com um desfile de clássicos.
MO, por favor incluam a notícia da RTP-M.
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